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Maringá,27/09/2024

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    Mauro Vieira se reúne com novo chanceler da Síria e debate rotas para eventual – e complexa – retirada de brasileiros do Líbano

    g1.globo.com
    Mauro Vieira se reúne com novo chanceler da Síria e debate rotas para eventual – e complexa – retirada de brasileiros do Líbano


    Ministros de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Síria, Bassam Sabbag, em reunião em Nova York
    Itamaraty/Divulgação
    O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu na noite desta quinta-feira (27) em Nova York com o novo chanceler da Síria, Bassam Sabbag. Ambos estavam nos Estados Unidos para a Assembleia Geral da ONU.
    Segundo comunicado oficial do Itamaraty, os temas discutidos na reunião foram "a relação bilateral, a crise humanitária e de reféns em Gaza, e as perspectivas de alastramento regional do conflito, em especial no Líbano e na Síria".
    O blog apurou com interlocutores do Itamaraty, no entanto, que a conversa também incluiu a busca de soluções para eventuais rotas de refúgio e retirada de brasileiros que estão no Líbano.
    Israel vem bombardeando regiões do Líbano há uma semana, em uma nova página do conflito no Oriente Médio que já deixou mais de 700 mortos. O governo israelense afirma que o alvo é o Hezbollah, grupo extremista financiado pelo Irã que nasceu no Líbano com o intuito de lutar contra Israel.
    "[A retirada] Está em fase de planejamento. Tem que haver diferentes planos de contingência na logística", afirmou um diplomata ao blog.
    Segundo ele, as discussões acontecem de forma simultânea: enquanto a embaixada recolhe informações dos brasileiros, outros setores do governo discutem a logística de uma eventual repatriação.
    O Líbano tem uma longa costa litorânea, virada para o Mediterrâneo. Por terra, no entanto, a maior parte da fronteira é com a Síria – país que vive uma guerra civil há anos e não deve oferecer uma passagem muito facilitada, por exemplo, até a Turquia (mais ao norte).
    Além da Síria, a única fronteira terrestre do Líbano é justamente ao sul, com o norte de Israel. É essa região que está sob intensa troca de bombardeiros entre o Hezbollah e as forças de defesa de Israel. A disputa já deixou mais de 700 mortos.
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    Entre as possibilidades aventadas, haveria uma rota aérea de saída pela capital da Síria, Damasco. A cidade fica a 40 km da fronteira com o Líbano, e a pouco mais de 110 km da capital libanesa, Beirute.
    Por causa do conflito interno atual na Síria, a rota terrestre pelo país – que já foi adotada para a retirada de brasileiros do Líbano em 2006 – se tornou muito mais complexa.
    Uma alta autoridade do governo brasileiro afirmou ao blog, sob reserva, que o Executivo ainda aguarda uma definição do presidente Lula sobre o acionamento da Força Aérea para operações de repatriação.
    No início dessa nova fase do conflito no Oriente Médio, há pouco menos de um ano, o Brasil foi elogiado pela eficiência em retirar mais de mil brasileiros (ou parentes próximos de brasileiros) de Israel e da Faixa de Gaza.
    Uma eventual repatriação a partir do Líbano, no entanto, tende a ser muito mais cara e complexa. Há 21 mil cidadãos brasileiros morando lá – a maior comunidade brasileira no Oriente Médio.
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    Até esta sexta, nenhum país tinha anunciado operação para repatriar seus nacionais que vivem no Líbano.
    Nesta sexta-feira, a ACNUR, a agência da ONU para refugiados, afirmou que mais de 30 mil pessoas de diferentes regiões do Líbano fugiram para a vizinha Síria nas últimas 72 horas.
    Outros milhares de pessoas também tentam deixar o país, mas dezenas de companhias aéreas cancelaram operações nos aeroportos libaneses. O Itamaraty disse esta semana que está consultando brasileiros que queiram deixar o Líbano para estudar a repatriação ao Brasil.
    Do lado de Israel, milhares de pessoas no norte tiveram de deixar suas casas por conta dos lançamentos de mísseis e foguetes pelo Hezbollah — o governo israelense prometeu que a nova fase só terminará quando os moradores conesguirem retornar com segurança.
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