Ratinho Jr. revela intenção de concorrer à Presidência da República
Governador do Paraná diz que partido 'não é sublegenda' e tem obrigação de apresentar nome para sucessão de Lula
Cotado como presidenciável para 2026, o governador do Paraná, Ratinho Jr., diz que o desempenho na eleição municipal dá ao PSD, seu partido, condições de buscar uma candidatura própria para a sucessão de Lula. "O partido tem bons nomes, espero que o meu possa ser avaliado também", diz ao Painel.
O PSD conquistou 887 prefeituras e ficou na liderança no ranking dos partidos. No Paraná, a legenda do governador foi a maior vencedora, ganhando em 164 das 399 cidades, inclusive na capital, Curitiba, após disputa acirrada.
"Naturalmente, em razão desse crescimento, o PSD é um protagonista nacional e tem a obrigação de apresentar opções para o país. Não pode ser sublegenda de ninguém", diz o governador, que está no segundo mandato.
Ratinho se coloca no campo da centro-direita e diz que o resultado eleitoral privilegiou candidatos que buscam o equilíbrio.
"Essa eleição municipal consolidou um estilo de trabalho que criamos, um modelo de gestão moderno, ágil, que busca fazer mais com menos, com um planejamento para consolidar o Paraná como uma potência econômica no Brasil. Empresário quer ter paz, não quer ter confusão política que atrapalhe", declara.
Um indicador mencionado pelo político é o fato de a atividade econômica ter crescido 7,8% no ano passado, segundo o Banco Central, índice que deve ficar praticamente o mesmo em 2024.
A candidatura de Ratinho Jr. vem sendo mencionada como possibilidade pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
O governador afirma que isso não exclui a necessidade de conversar com outros nomes colocados no campo da centro-direita, como seus colegas governadores Ronaldo Caiado (União-GO), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Eduardo Leite (PSDB-RS).
"Temos uma safra de bons governadores. Precisamos buscar uma aliança que apresente uma alternativa junto a lideranças que pensam parecido conosco", afirma.
Ele indica que a partir de 2025 começará a nacionalizar mais seu nome com vistas à disputa presidencial, mas afirma que fará isso com cautela. "Sou governador, tenho obrigações com o Paraná".
O fato de o PSD ter um pé em cada canoa, com uma ala lulista e três ministérios é algo que claramente incomoda o governador.
"Eu gostaria que o PSD tivesse uma posição de independência, mas entendo que é um partido muito grande, com lideranças que acabam defendendo essa participação no governo Lula", afirma.