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Maringá,01/11/2024

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    Menino de 2 anos é brasileiro mais novo a entrar para sociedade internacional de alto QI

    Nascido em Feira de Santana (BA), Benjamin Lustosa Almeida se tornou membro da Intertel em setembro

    Redação Hoje Maringá
    Menino de 2 anos é brasileiro mais novo a entrar para sociedade internacional de alto QI Benjamin Lustosa Almeida Foto: Arquivo pessoal

    Uma família de Feira de Santana, na Bahia, foi surpreendida em setembro deste ano com uma notícia sobre um dos filhos, o pequeno Benjamin Lustosa Almeida, de apenas dois anos. Ele é o brasileiro mais jovem a ser membro da Intertel, uma respeitada sociedade internacional de alto QI, que só aceita pessoas com uma pontuação de Quociente de Inteligência superior a 99% da população mundial. 

    Nascido em 2022, Benjamin é gêmeo de Antonella. A mãe das crianças, a advogada Dayane Sanara de Matos Lustosa, 37 anos, conta que, desde o início, o filho sempre chamou a atenção por estar à frente do marco de desenvolvimento esperado para a idade. Mas foi durante uma viagem, quando ele ainda tinha um ano, que ela e o marido tomaram um susto ao perceberem que o pequeno já reconhecia números.

    "Estávamos passando pelo corredor do hotel. Benjamin estava no colo do pai e começou a falar os números do quarto. Ele acertou todos os números que o meu marido apontou. E eram coisas que a gente nunca parou para ensinar para ele", afirma Dayane em entrevista ao Terra.

    "Já quando ele estava para completar um ano e seis meses, ele começou a demonstrar conhecimentos em inglês, a identificar formas geométricas em objetos. Foi uma surpresa", acrescenta.

    A descoberta da superdotação

    No início deste ano, os gêmeos foram matriculados em uma escola bilíngue na cidade onde moram. Após três meses, Dayane e o marido, o dentista Whendel Santos Santana Almeida, 37 anos, foram chamados pela equipe pedagógica do colégio e comunicados de que Benjamin já tinha conhecimento de assuntos mesmo antes de serem ensinados pelos professores, além de grande foco em livros e interesse em ficar na sala de alunos mais velhos. Na época, a escola indicou que a família fizesse uma avaliação para saber se ele tinha altas habilidades. 

    E assim foi feito: Benjamin fez avaliações com neuropediatra e neuropsicóloga, que identificaram a superdotação do menino. Os testes também indicaram que o garoto tem um QI de 133, muito acima da média da população, que é entre 90 e 109. 

    "Foi uma surpresa. A gente sempre soube que ele era muito inteligente, mas a gente não tinha esse conhecimento de que poderia ser superdotado. Foi algo muito libertador também, porque a gente agora consegue dar um bem-estar melhor para ele por entender como é o funcionamento", afirma a mãe. 

    Dayane também explica que a superdotação de Benjamin é a intelectual, mas ,atualmente, ele ainda varia muito de interesse.

    "Tem momentos que está muito alinhado com números, outros mais com letras, fases da lua, planetas, animais... ele oscila bastante. Por enquanto, a gente ainda não consegue saber qual área ele vai centralizar no futuro, ele gosta de muita coisa", continua.

    Apoio para o filho

    Após saber da superdotação, a família buscou a inscrição nas sociedades de alto QI, com o objetivo de ter um apoio e mais informações sobre o tema para contribuir com o desenvolvimento do filho ao longo dos anos. Além da Intertel, em agosto o menino se tornou um dos membros mais novos da Mensa, a entidade mais antiga e famosa da área.

    "A gente fez o cadastro dele inicialmente pensando no nosso suporte, por encontrar outras mães e pais que vivem essa realidade, e pensando nele futuramente de estar junto com crianças e adolescentes da área de interesse dele", comenta Dayane. 

    Embora a descoberta ainda seja muito recente, algumas mudanças já foram feitas na rotina de Benjamin, para estimulá-lo e potencializar a socialização dele com as crianças, como inclusão no contraturno da escola, atividades extracurriculares e aulas de capoeira. No ano que vem, o colégio deve fazer um Plano de Ensino Individualizado (PEI) para ele.

    A mãe do pequeno revela que hoje um dos maiores desafios tem sido lidar com a pressão externa.

    "Quando as pessoas sabem que uma criança é superdotada, já imaginam que ela vai responder tudo o que você quiser, que nunca pode errar. E não é bem por aí", pondera.

    Para os pais que também acham que o filho possa ser superdotado, ela aconselha que busquem informações e especialistas para ajudar.

    "Se tiverem qualquer suspeita, independente de ser algo relacionado à superdotação ou não, busque essa avaliação para poder dar todo o apoio para a criança. Existem grupos de apoio, uma mãe dá apoio para outra, por exemplo. Já é um suporte. Fica esse alerta para quem puder, porque se os filhos estiverem bem, nós também estaremos", orienta.

    O que é a superdotação?

    O conceito de superdotação ou altas habilidades corresponde a uma condição em que os indivíduos apresentam grande facilidade de aprendizagem, o que os leva a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes, segundo a cartilha Saberes e práticas da inclusão (2006), da Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação (MEC). Pela definição do psicólogo educacional americano Joseph Renzulli, a superdotação é o entrelaçamento de três características:

    Habilidade acima da média em alguma área de conhecimento;

    Capacidade de realização criativa; e 

    Grande envolvimento na realização das atividades de seu interesse.

    Um ponto importante é que o superdotado não é necessariamente aquele aluno que tira nota 10 em todas as disciplinas. Essa característica pode ser encontrada em alguns, mas em outros a superdotação pode se manifestar em apenas uma disciplina, como Matemática, dança, música ou esporte, por exemplo.




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