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Maringá,06/11/2024

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    Meio ambiente, migração, comércio e diplomacia: efeitos do êxito de Trump, segundo analistas

    g1.globo.com
    Meio ambiente, migração, comércio e diplomacia: efeitos do êxito de Trump, segundo analistas Foto: Reprodução

    A eleição de Donald Trump à presidência dos EUA em 2024 traz implicações que vão além do cenário americano, impactando países como o Brasil em áreas como meio ambiente, migração, comércio e diplomacia.

    Na questão ambiental, há uma preocupação de que Trump, conhecido por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas, possa enfraquecer esforços globais em prol da sustentabilidade. Segundo Mariana Mota, do Greenpeace Brasil, espera-se que ele promova uma política pró-combustíveis fósseis, distanciando os EUA de parcerias como o Fundo Amazônia e de compromissos na transição energética. Essa postura pode criar desafios para o Brasil, que será sede da COP30 em 2025.

    Em termos de migração, Trump prometeu endurecer a política migratória, com foco na deportação de imigrantes ilegais. Marcelo Godke, advogado de Direito Internacional, acredita que os EUA continuarão a atrair profissionais qualificados em setores estratégicos, como enfermagem e contabilidade, mas com maior rigor na concessão de vistos para imigrantes.

    No comércio, a vitória de Trump traz apreensão. Especialistas como José Luís Oreiro, da UnB, apontam que seu plano de elevar tarifas de importação pode prejudicar as exportações brasileiras, especialmente de produtos manufaturados. Embora o principal alvo seja a China, outros países, incluindo o Brasil, também sentirão os efeitos das políticas protecionistas.

    Na diplomacia, a eleição de Trump reforça uma postura protecionista e uma preferência por relacionamentos que atendam aos interesses americanos. Amâncio Jorge, da USP, alerta que, apesar de mudanças de governo nos EUA não alterarem drasticamente as relações bilaterais, o Brasil pode ser relegado a um papel secundário em favor de aliados mais estratégicos, como a Argentina, que compartilha um alinhamento ideológico com os republicanos.

    Mesmo com divergências, o presidente brasileiro Lula manifestou apoio a Kamala Harris durante a campanha, mas reconheceu a vitória de Trump e enfatizou a necessidade de diálogo e cooperação global para promover a paz e o desenvolvimento.




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