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Maringá,21/11/2024

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    Ucrânia faz primeiro ataque à Rússia com mísseis dos EUA, diz Moscou

    g1.globo.com
    Ucrânia faz primeiro ataque à Rússia com mísseis dos EUA, diz Moscou Foto: Reprodução

    A Ucrânia empregou pela primeira vez os mísseis ATACMS, fornecidos pelos EUA, em um ataque à região russa de Bryansk. Moscou considera o uso dessa tecnologia de longo alcance uma "ingerência direta" dos Estados Unidos na guerra e flexibilizou sua doutrina para o uso de armas nucleares em resposta, segundo declarações do Kremlin nesta terça-feira (19).

    O ataque, realizado com seis mísseis, teve cinco interceptados e um parcialmente destruído, causando apenas danos mínimos, segundo o Ministério da Defesa russo. A ação marca uma escalada no conflito que já dura 1.000 dias.

    Mudança na doutrina nuclear da Rússia
    Em resposta, Vladimir Putin assinou um decreto permitindo o uso de armas nucleares caso o território russo ou de Belarus sofra agressões convencionais que ameacem sua soberania. Essa alteração expande a doutrina anterior, que previa a utilização apenas em casos de ataques nucleares ou ameaças à existência do Estado.

    EUA autorizam uso dos ATACMS
    O presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou o uso dos mísseis ATACMS como reação ao envio de tropas norte-coreanas para apoiar a Rússia no conflito. Biden vinha resistindo a essa decisão para evitar uma escalada, mas mudou de posição diante do cenário atual. O armamento, com alcance de até 300 km, é considerado crucial para a Ucrânia, enquanto a Rússia prometeu retaliação imediata.

    Risco de escalada global
    Parlamentares russos alertaram que o uso de mísseis ocidentais em território russo ultrapassa uma "linha vermelha" e pode levar a uma terceira guerra mundial. A situação é agravada pelo envio de milhares de tropas norte-coreanas para apoiar Moscou, enquanto aliados ocidentais da Ucrânia intensificam o apoio financeiro e militar.

    A guerra, que começou em fevereiro de 2022, segue sem perspectiva de negociações de paz, com a Rússia controlando cerca de 20% do território ucraniano. As novas ações indicam uma possível intensificação do conflito nos próximos meses.




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