O uso dos mísseis ATACMS pela Ucrânia, autorizado pelos Estados Unidos, marca uma escalada significativa na guerra entre Rússia e Ucrânia. Esses mísseis, com alcance de até 300 km, permitem ataques de longo alcance e foram usados pela primeira vez pela Ucrânia contra a Rússia em 19 de novembro de 2024. A Rússia reagiu com veemência, considerando esse ato uma intervenção direta dos EUA e prometendo represálias, incluindo uma possível flexibilização no uso de armas nucleares.

O ATACMS é um armamento de precisão utilizado pelas forças americanas, desenvolvido para ser lançado a partir de sistemas de lançamento móveis, com grande eficácia em alvos estratégicos distantes. Em comparação, a Rússia também possui mísseis avançados, como o 9k720 Iskander, que possuem capacidades semelhantes, oferecendo um grande poder de dissuasão.

A autorização para que a Ucrânia use esse armamento reflete uma mudança na postura dos EUA sob a presidência de Joe Biden. A decisão foi tomada em resposta ao apoio militar da Coreia do Norte à Rússia, o que intensificou as tensões no cenário internacional. O envolvimento de tropas norte-coreanas na guerra também contribui para o aumento do alerta global, com países como a Coreia do Sul e membros da OTAN observando a situação com crescente preocupação.

A Rússia já havia declarado que um uso de mísseis de longo alcance contra seu território representaria uma linha vermelha. A situação agora está ainda mais tensa, pois qualquer retaliação pode levar a uma intensificação do conflito e aumentar as chances de uma nova fase na guerra, com potenciais consequências globais.