'Revelações são mais sérias até aqui nas investigações sobre plano de golpe': o que disse imprensa internacional sobre esquema para matar Lula
Foto: Divulgação/Redes Sociais
A revelação do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de instaurar um golpe de Estado no Brasil em 2022, ganhou destaque em veículos internacionais como New York Times, Financial Times e The Guardian.
New York Times
O jornal americano destacou que os suspeitos presos possuíam "alto nível de conhecimento técnico militar" para planejar o complô. A publicação também citou declarações do advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, que negou qualquer envolvimento de Bolsonaro no esquema. O NYT contextualizou as prisões dentro das investigações sobre as tentativas de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022 e manter Bolsonaro no poder.
Financial Times
O jornal britânico enfatizou que as prisões representam um avanço significativo nas investigações, apontando que os conspiradores se reuniram na casa do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto para discutir o golpe. O FT também destacou que, apesar dos planos, o golpe não foi realizado devido à falta de apoio do alto comando militar.
The Guardian
A publicação descreveu as revelações como "as mais sérias até agora" dentro das investigações sobre as tentativas de golpe. O jornal britânico também lembrou de outros episódios ligados ao clima de tensão política em 2022 e 2023, como os atos violentos em Brasília e a tentativa de explosão perto do aeroporto da capital.
Al Jazeera
A rede ressaltou que essa foi a primeira vez que a Polícia Federal mencionou explicitamente um plano para assassinar Lula e Alckmin durante as investigações. Também destacou o plano de criação de um "Gabinete de Gestão de Crise Institucional" para gerenciar os impactos do golpe.
CNN
A emissora americana noticiou que Bolsonaro teria se reunido com líderes militares em dezembro de 2022 para apresentar um documento que buscava justificar sua permanência no poder. A CNN lembrou que o ex-presidente tem negado todas as acusações, classificando as investigações como perseguição política.