Apresentador apontado por Trump como secretário de Defesa foi acusado de assédio sexual, diz relatório da polícia
Pete Hegseth, ex-apresentador da Fox News e indicado por Donald Trump ao cargo de secretário de Defesa, está no centro de uma polêmica após a divulgação de um relatório detalhado sobre uma acusação de agressão sexual feita em 2017. A denúncia foi apresentada por uma mulher que afirmou ter sido trancada em um quarto de hotel na Califórnia por Hegseth, onde, segundo ela, o abuso ocorreu.
Denúncia e investigação
O incidente teria acontecido após um evento de mulheres republicanas em Monterey. A suposta vítima relatou à polícia que pode ter sido drogada antes de ser levada ao quarto. Dias depois, ela buscou atendimento médico e realizou um exame de agressão sexual, o que levou uma enfermeira a notificar as autoridades.
De acordo com o relatório policial, Hegseth alegou que o encontro foi consensual e negou irregularidades. Em 2023, ele pagou um valor não divulgado como parte de um acordo confidencial para evitar um processo. Apesar disso, a polícia recomendou que o caso fosse encaminhado ao Ministério Público para análise.
Críticas à nomeação
Hegseth é um veterano da Guarda Nacional dos Estados Unidos e figura popular entre conservadores. No entanto, sua indicação para o Departamento de Defesa tem sido criticada por especialistas da área, que questionam sua falta de experiência em gestão militar.
Um alto funcionário do Departamento de Defesa, sob anonimato, afirmou que Hegseth não teria qualificação suficiente nem para cargos menos relevantes na área, levantando dúvidas sobre sua aptidão para o papel.