O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) manteve a condenação do engenheiro Mário Marcelo Santoro pelo assassinato da ex-namorada, a administradora Cecília Haddad, em 2018, na Austrália. Santoro foi sentenciado a 26 anos de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Além disso, terá que indenizar a família da vítima em R$ 250 mil por danos morais.

Redução da pena e nova decisão sobre indenização
Inicialmente, a pena foi estipulada em 27 anos, mas os desembargadores da 2ª Turma do TRF-2 reduziram a duração para 26 anos. Em primeira instância, não havia sido fixada indenização, mas o tribunal determinou o pagamento à família de Cecília.

O crime
Cecília Haddad, de 38 anos, foi encontrada morta no Rio Lane Cover, em Sidney, no dia 29 de abril de 2018. Ela foi asfixiada em sua própria casa, e o corpo foi abandonado no rio. Santoro, que não aceitava o término do relacionamento, fugiu para o Brasil após o crime, usando o carro da vítima para ir até sua residência, trocar de roupa e abandonar o veículo em uma estação ferroviária antes de partir.

Santoro desembarcou no Rio de Janeiro no mesmo dia do assassinato. A polícia brasileira foi informada pela família de Cecília sobre o ocorrido, incluindo a suspeita de que ela teria sido enforcada. Após dois meses de investigações, ele foi preso em 7 de julho de 2018 na casa de parentes na Zona Sul do Rio.

Confissão e julgamento
Durante o julgamento em junho de 2023, Santoro confessou o crime, alegou arrependimento e chorou ao relembrar os acontecimentos. Ele declarou ter apertado o pescoço de Cecília até matá-la.

O caso teve ampla repercussão por envolver uma brasileira assassinada no exterior e por Santoro ter fugido para o Brasil, onde foi julgado e condenado.