Entenda como funciona inquérito militar que apura caso de militares que furtaram armas do Exército no Paraná
Foto: Divulgação/Redes Sociais
O Exército instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) e um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar o furto de nove pistolas modelo Beretta, calibre 9 mm, ocorrido no último sábado (16) no 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada, em Cascavel, no oeste do Paraná.
As armas, furtadas de uma área restrita do batalhão, foram recuperadas ao longo de uma operação que mobilizou mais de 1,6 mil militares em cinco dias. Apesar disso, o Exército ainda não esclareceu as circunstâncias do crime.
Na última quinta-feira (22), o general Evandro Amorim, comandante do batalhão, afirmou que militares identificados como envolvidos no caso serão "excluídos" da corporação. No entanto, ele não informou quantos estão diretamente ligados ao furto.
Investigações em curso
O IPM segue o Código de Processo Penal Militar e tem prazo inicial de 40 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 20 dias em casos excepcionais. Esse procedimento busca reunir provas e analisar evidências, como imagens e perícias, mas não concede ampla defesa aos investigados. Após a conclusão, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público Militar (MPM), responsável por decidir sobre a apresentação de denúncia.
Já o PAD apura internamente a conduta dos envolvidos, com prazo de 60 dias, podendo ser prorrogado por igual período. Diferentemente do IPM, o processo permite a defesa dos investigados e pode resultar em penalidades como advertência, suspensão ou demissão.
Punições iniciais
Até o momento, o Exército aplicou punições disciplinares a cinco militares que estavam de serviço no final de semana do furto. Eles foram presos dentro do quartel por, segundo a corporação, "trabalharem mal durante o serviço".
Recuperação das armas
As nove pistolas foram recuperadas ao longo desta semana. O Exército divulgou imagens das armas, mas detalhes sobre a operação e o furto ainda não foram esclarecidos.
Próximos passos
A conclusão das investigações definirá as penalidades para os envolvidos e orientará o MPM sobre a apresentação de eventuais denúncias.