Um acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hezbollah pode ser concluído nos próximos dias, segundo o embaixador israelense nos EUA, Michael Herzog. A proposta prevê a interrupção dos ataques por dois meses e a retirada de forças israelenses da fronteira sul do Líbano, mas pontos críticos ainda precisam ser ajustados.

Entre as questões em negociação estão a remoção de armas do Hezbollah da fronteira e a liberdade de Israel para responder militarmente a possíveis violações do acordo. Além disso, há divergências sobre a composição do comitê internacional que monitorará a implementação do cessar-fogo, especialmente em relação à inclusão de países como França e Reino Unido.

O conflito, iniciado em setembro, já causou mais de 3.500 mortes no Líbano e 70 em Israel, incluindo civis e soldados. No domingo (24), bombardeios israelenses mataram ao menos 29 pessoas em Beirute, enquanto o Hezbollah lançou 250 foguetes contra Israel.

O mediador norte-americano Amos Hochstein indicou avanços significativos, mas alertou sobre os riscos de escalada regional caso as negociações fracassem. Analistas apontam que o cessar-fogo pode reduzir tensões entre Israel e Irã, mas o governo israelense enfrenta oposição interna, incluindo do ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que defende a continuidade da guerra.

A ONU e autoridades internacionais pedem urgência no acordo para evitar que o conflito se expanda para outros países, como Síria e Iraque. A situação humanitária é grave, com milhares de deslocados e extensos danos em áreas urbanas.