Qual será próximo passo de Putin após escalada na guerra na Ucrânia?
Foto: Reprodução
A recente flexibilização da doutrina nuclear russa por Vladimir Putin e os ataques ucranianos a alvos em território russo com armas fornecidas pelo Ocidente elevaram a tensão no conflito. A ameaça do Kremlin de retaliar países que apoiam a Ucrânia com mísseis de longo alcance reflete a estratégia de escalada constante do líder russo, que utiliza a pressão como ferramenta para moldar o conflito em termos favoráveis à Rússia.
A retórica nuclear
Putin relaxou os critérios para o uso de armas nucleares, aumentando a especulação sobre a possibilidade de utilizar ogivas táticas no campo de batalha. Embora líderes ocidentais frequentemente tratem as ameaças nucleares russas como bravatas, analistas alertam que o uso de armas nucleares, mesmo em escala limitada, representaria uma escalada devastadora e imprevisível.
As "linhas vermelhas" cruzadas
Desde o início da guerra, várias "linhas vermelhas" traçadas pela Rússia foram ultrapassadas pelo Ocidente, incluindo o envio de tanques, mísseis avançados e caças à Ucrânia. O Kremlin, até o momento, respondeu com retórica e ataques intensificados, mas sem ações nucleares.
A variável Trump
Com a possibilidade de Donald Trump assumir a presidência dos EUA em breve, o Kremlin pode estar adotando uma postura de espera. Trump demonstrou ceticismo quanto ao apoio militar à Ucrânia e sinalizou a intenção de negociar com Putin, o que poderia resultar em condições favoráveis à Rússia.
O dilema do Ocidente
A estratégia de Putin mantém o Ocidente em alerta. Governos precisam equilibrar o apoio à Ucrânia com medidas para evitar uma escalada que possa levar a um confronto mais amplo ou a uma guerra nuclear.
Enquanto isso, o mundo observa com cautela. A incerteza sobre os próximos passos de Putin só reforça a complexidade e a gravidade do conflito em andamento.