Delegado avalia se vereador agiu em legítima defesa, se houve excesso ou homicídio doloso em tiroteio que matou vizinho no Paraná
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A Polícia Civil está apurando as circunstâncias em que o vereador Miguel Zahdi Neto (PSD), conhecido como Neto Fadel, baleou e matou o empresário Guilherme de Quadros Becher no dia 20 de novembro, em um condomínio de chácaras em Ponta Grossa, Paraná.
O delegado responsável pelo caso, Luiz Gustavo Timossi, avalia se o vereador agiu em legítima defesa, com excesso de legítima defesa ou se houve homicídio doloso. A decisão dependerá de laudos periciais, incluindo análise das armas e do número de tiros disparados, e o depoimento das partes envolvidas.
Divergências nas versões
A defesa de Fadel sustenta que o empresário atirou contra ele e seus familiares, o que o teria levado a agir em legítima defesa. Já os familiares de Becher afirmam que ele disparou apenas contra a grama e que o vereador teria continuado a atirar mesmo após o empresário estar no chão.
O desentendimento teria começado por conta do barulho feito por crianças da família do vereador, e o confronto culminou em uma troca de tiros, com pelo menos 15 disparos. No local foram apreendidas uma pistola e um revólver calibre .38, além de 10 estojos vazios de munição.
Próximos passos
Os resultados da perícia e do laudo do Instituto Médico-Legal (IML) serão determinantes para a conclusão do inquérito. O delegado liberou Fadel logo após o ocorrido, por considerar inicialmente que ele agiu em legítima defesa.
Sobre o vereador
Neto Fadel, de 35 anos, é presidente da Câmara Municipal de Castro e está em seu segundo mandato como vereador. Ele disputou a prefeitura de Castro nas eleições municipais de 2024, obtendo 45,54% dos votos válidos.