UEL sedia I Simpósio de Cannabis e III Fórum Paranaense nos dias 5 e 6 de dezembro
Nos dias 5 e 6 de dezembro de 2024, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) será palco do I Simpósio de Cannabis e do III Fórum Paranaense de Cannabis, eventos voltados ao debate sobre os marcos regulatórios, aplicações terapêuticas e industriais da planta.
Com o objetivo de desmistificar estigmas relacionados à cannabis, as atividades buscam conectar o tema à comunidade acadêmica e à sociedade, promovendo discussões interdisciplinares e informativas.
Organização e público-alvo
Os eventos são realizados pelo projeto de extensão Práxis Itinerante, do departamento de Ciências Sociais da UEL, em parceria com a Associação Cura em Flor, a ABICANN (Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis), a Semear (Associação de Terapia e Harmonia Canábica) e a PROPPG (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação).
A programação é voltada para docentes, estudantes, pesquisadores, profissionais da saúde, representantes da indústria, associações e demais interessados no tema.
Visão interdisciplinar e contexto estratégico
Segundo o professor Fábio Lanza, do departamento de Ciências Sociais da UEL e um dos organizadores, o Simpósio e o Fórum trarão uma abordagem ampla e interdisciplinar sobre o uso da cannabis.
“Esses eventos integram equipes promotoras e apoiadores para abordar diferentes perspectivas científicas sobre a planta, também conhecida como maconha”, afirma Lanza. Ele destaca que o momento atual é estratégico para o debate no Brasil, considerando recentes decisões judiciais que tratam do porte, plantio individual e cultivo industrial para fins terapêuticos e industriais.
Avanços no debate
Lanza ressalta que o debate sobre a cannabis não é recente, mas resultado de décadas de mobilização iniciadas por movimentos como a Marcha da Maconha e associações canábicas, pioneiras no fornecimento de medicamentos no país.
“A produção de cannabis para fins terapêuticos ou industriais será amplamente discutida, com palestras de médicos, cientistas e profissionais da saúde. Essa troca de conhecimentos enriquecerá todos os participantes”, conclui o professor.