Israel não fará mais distinção entre Líbano e Hezbollah se cessar-fogo falhar, diz ministro
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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou nesta terça-feira (3) que, caso o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah seja rompido, o país aplicará uma política de "tolerância zero" e não fará mais distinção entre o governo libanês e o grupo extremista. Katz pediu que o governo do Líbano autorize o Exército libanês a manter o Hezbollah longe do rio Litani e a desmantelar sua infraestrutura militar no sul do país.
Acusações mútuas e bombardeios
Tanto Israel quanto o Hezbollah se acusaram de violar a trégua desde que foi estabelecida, na última semana. Na segunda-feira (2), o Hezbollah realizou um ataque contra uma posição militar israelense, alegando responder a violações prévias do cessar-fogo por Israel. Em contrapartida, as Forças de Defesa de Israel bombardearam alvos no sul do Líbano, deixando nove mortos e três feridos, segundo autoridades libanesas.
Impacto humanitário
Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde do Líbano relatou 11 mortes devido aos bombardeios israelenses. Entre os incidentes, um ataque de drone no leste do Líbano feriu um soldado libanês e outro bombardeio matou um civil em Maryayún, no sul do país.
Contexto da trégua
O cessar-fogo, mediado por Estados Unidos e França, interrompeu dois meses de confrontos entre Israel e Hezbollah. O acordo prevê a retirada do Exército israelense do Líbano em 60 dias e o recuo do Hezbollah para o norte do rio Litani.
O Hezbollah abriu uma "frente de apoio" ao Hamas em 2023, após o grupo palestino realizar um ataque de grande escala contra Israel, intensificando as tensões regionais. Enquanto o governo israelense reafirma seu compromisso com os termos do acordo, o ministro Katz enfatizou que qualquer violação será respondida com contundência.