Erro de cálculo de presidente sul-coreano deverá lhe custar o cargo
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A desastrada tentativa do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol de decretar lei marcial pela primeira vez em 44 anos gerou uma forte reação da população e do Parlamento, colocando em risco seu futuro político.
Contexto político
Popularidade baixa: Yoon enfrenta aprovação de apenas 17%.
Minoria no Parlamento: Seu partido, o Partido do Poder Popular (PPP), possui apenas 108 das 300 cadeiras.
Oposição interna: Até membros de sua legenda têm se voltado contra ele.
Tentativa de lei marcial
Na terça-feira (3), Yoon justificou o decreto sob a alegação de "ameaças ligadas à Coreia do Norte". No entanto, a manobra foi vista como autoritária e gerou comparações com o regime militar encerrado em 1987.
Reação imediata: Seis partidos de oposição apresentaram uma moção de impeachment, que será votada em até 72 horas. Para ser aprovada, exige apoio de dois terços dos deputados, incluindo votos do PPP.
Repercussões
Internas: O episódio agravou escândalos que já manchavam a administração de Yoon, como acusações de corrupção envolvendo sua família.
Externas: Apesar das tensões domésticas, Yoon mantém boa imagem no exterior, fortalecendo laços com EUA, Japão e participando de reuniões da Otan.
O que esperar?
Se o impeachment avançar, Yoon pode se tornar o próximo presidente sul-coreano a ser destituído, após Park Geun-hye em 2017. A tentativa de consolidar poder pode ter custado sua liderança, ampliando o confronto entre Executivo e Legislativo.