O Hamas orientou seus militantes a "endurecer" as condições de detenção dos reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza. Mais de 100 israelenses seguem reféns do grupo extremista, e, em comunicado interno obtido pela Reuters, a liderança do Hamas afirmou ter informações de que Israel planeja uma operação de resgate em breve. A operação seria semelhante à realizada no campo de Nuseirat em junho. Caso isso se confirme, o Hamas ameaçou "neutralizar" os reféns.

O comunicado, datado de 22 de novembro, instrui os agentes do Hamas a não considerarem as repercussões de suas ações e responsabiliza o governo israelense pelo destino dos reféns. Em resposta, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que a pressão sobre o Hamas está crescendo e que o país está mais perto de avançar em um acordo de reféns.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também fez declarações sobre o caso, afirmando que, caso os reféns israelenses não sejam libertados antes de sua posse em 20 de janeiro de 2025, os responsáveis "pagarão caro" pelas atrocidades cometidas. Trump reforçou que haverá sérias consequências para os envolvidos.

Até o momento, acredita-se que cerca de metade dos 101 reféns ainda estejam vivos. O Hamas, por sua vez, exige o fim da guerra e a retirada total de Israel da Faixa de Gaza como parte de qualquer acordo para liberar os reféns.

Israel, que iniciou a guerra após o ataque do Hamas a comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, já perdeu mais de 1.200 pessoas. Desde então, mais de 44.400 palestinos foram mortos e a maior parte da população de Gaza foi deslocada, com vastas áreas do território em ruínas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra continuará até que o Hamas seja erradicado e não represente mais uma ameaça a Israel.