A ex-vereadora de São Miguel do Iguaçu, Flávia Dartora, foi condenada a mais de 18 anos de prisão por fraudar recursos públicos. Ela foi acusada de falsificar listas de crianças em situação de vulnerabilidade social para beneficiar empresas de fachada e aumentar os lucros ilícitos. O esquema envolveu o desvio de mais de R$ 120 mil, conforme o Ministério Público do Paraná (MP-PR). Flávia e seu marido, junto a outras quatro pessoas, foram condenados por crimes como organização criminosa, associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, coação no curso do processo e uso de documento falso. As penas variaram, com Flávia recebendo 18 anos, 2 meses e 12 dias de prisão e seu marido, 17 anos, 2 meses e 20 dias.

O processo, originado pela Operação WO, revelou que o casal usava "laranjas" para administrar empresas contratadas pela Prefeitura de São Miguel do Iguaçu. Entre as empresas envolvidas, uma prestava serviços assistenciais, manipulando listas de alunos para receber valores superiores aos devidos, desviando os recursos públicos. O dinheiro obtido era repassado em espécie, com o casal utilizando esses valores para despesas pessoais, como manutenção de piscina, roupas e serviços domésticos.

A sentença também determina o pagamento de multas, além de indenizações de R$ 30 mil para Flávia e R$ 50 mil para seu marido, referentes a danos morais. O caso é uma das primeiras condenações baseadas na Operação WO, que investiga enriquecimento ilícito e fraudes em licitações. O processo ainda está em andamento e pode resultar em novas acusações contra os envolvidos.