Seja bem-vindo
Maringá,04/02/2025

    • A +
    • A -
    Publicidade

    Procurador-geral pede afastamento de Fábio Camargo do TCE-PR

    O pedido de afastamento aguarda aval do Tribunal de Contas do Estado e pode ter desdobramentos nas instâncias superiores

    Redação Hoje Maringá
    Procurador-geral pede afastamento de Fábio Camargo do TCE-PR Fábio Camargo, conselheiro do TCE-PR | Foto: TCE-PR

    Uma petição protocolada no final de janeiro solicita o afastamento do conselheiro Fábio Camargo das atividades de supervisão em inspetorias de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). O documento foi encaminhado ao presidente do órgão e tramita em segredo de justiça.

    O pedido foi apresentado por um procurador, que elenca três principais argumentos para a medida:

    Uso da posição institucional e das redes sociais para fomentar uma campanha pessoal contra autoridades estaduais;

    Incapacidade de manter a necessária isenção em processos que envolvam o Estado do Paraná;

    Manifestações que extrapolam os limites do direito à liberdade de expressão, resultando em desvio de finalidade no exercício do cargo.

    Segundo a petição, apenas o afastamento do conselheiro permitiria o "reestabelecimento da imparcialidade" nas atividades do TCE-PR.

    Atuação de Camargo no TCE-PR

    Nomeado em 2013 pelo então governador Beto Richa, Fábio Camargo já ocupou os cargos de corregedor, vice-presidente e presidente do Tribunal de Contas. Recentemente, ele atuou no julgamento do programa Parceiro da Escola, iniciativa do Governo do Estado que terceiriza a gestão administrativa de 82 escolas públicas. Em novembro, Camargo determinou a suspensão das contratações do projeto, atendendo a um pedido da oposição, mas sua decisão foi posteriormente derrubada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

    Por telefone, Camargo afirmou que ainda não foi notificado sobre o pedido de afastamento.

    "Não tenho nenhum sentimento negativo e trabalho diariamente em favor do Estado. Aguardo com serenidade o julgamento do Supremo Tribunal Federal no próximo dia 7 de fevereiro", declarou.

    Episódios citados na petição

    O procurador que apresentou a petição alega que Camargo tem adotado "posturas e manifestações hostis e rancorosas contra autoridades e colegas do plenário", contrariando "o padrão ético que se espera de um conselheiro". Entre os episódios mencionados estão:

    Em 29 de novembro de 2024, o conselheiro teria utilizado uma conta pessoal em redes sociais para convocar servidores públicos a ingressarem com ações judiciais contra o Estado do Paraná;

    Durante a posse da nova cúpula diretiva do TCE-PR, o procurador afirma ter sido insultado por Camargo, o que também teria ocorrido com outras autoridades estaduais em redes sociais, eventos e sessões;

    Em uma declaração pública, Camargo afirmou que o governador Ratinho Junior foi "muito mal assessorado" e classificou o então secretário de Educação, Roni Miranda, como "um péssimo secretário" e "mal-educado";

    Em uma publicação no YouTube, o conselheiro teria dito que sua nomeação ocorreu "em contrário ao interesse do governador", o que, segundo a petição, fomenta "narrativas infundadas de perseguição política";

    O procurador também alega que Camargo utilizou sua posição no TCE-PR para defender interesses particulares da filha, ao questionar um possível bloqueio de bens dela.

    O pedido de afastamento aguarda aval do Tribunal de Contas do Estado e pode ter desdobramentos nas instâncias superiores.




    Buscar

    Alterar Local

    Anuncie Aqui

    Escolha abaixo onde deseja anunciar.

    Efetue o Login

    Recuperar Senha

    Baixe o Nosso Aplicativo!

    Tenha todas as novidades na palma da sua mão.