Tensão Aumenta entre EUA e Panamá Sobre Taxas do Canal do Panamá
Autoridade Panamenha Negou Alegação dos EUA e Reafirma Manutenção das Taxas de Travessia
A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) refutou categoricamente as alegações do Departamento de Estado dos Estados Unidos (EUA) de que embarcações do governo norte-americano teriam isenção no pagamento de taxas para atravessar o canal. A negativa da ACP surge em meio a uma crescente tensão diplomática, exacerbada pelas ameaças do presidente Donald Trump de retomar o controle da via de navegação estratégica.
Em um comunicado oficial, a ACP, uma entidade autônoma sob supervisão do governo panamenho, enfatizou que não realizou nenhuma alteração nas taxas ou direitos de travessia. A resposta direta da autoridade visa desmentir as recentes declarações emitidas pelos EUA.
Contexto e Repercussões
A controvérsia eclodiu após o Departamento de Estado dos EUA afirmar que o Panamá havia concordado em isentar as embarcações governamentais norte-americanas das taxas de travessia, uma medida que supostamente economizaria milhões de dólares anuais aos cofres dos EUA. Contudo, a ACP prontamente desmentiu essa alegação, destacando sua disposição para o diálogo com autoridades americanas sobre o trânsito de navios de guerra.
O Canal do Panamá, uma das passagens comerciais mais movimentadas do mundo, se tornou um foco de atenção do governo Trump. O presidente acusou repetidamente o país centro-americano de cobrar taxas excessivas, e ainda afirmou que o Panamá teria cedido o controle do canal à China — uma alegação negada tanto pelo Panamá quanto pela China.
Encontros Diplomáticos
Na esteira das tensões, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com o presidente panamenho, José Raúl Mulino, em uma viagem pela América Central. Durante o encontro, Mulino prometeu retirar o Panamá da Iniciativa Cinturão e Rota da China e reafirmou sua rejeição à ameaça de Trump de retomar o controle do canal.