Segundo dados do Serviço de Copernicus para Mudanças Climáticas, janeiro de 2025 foi o mês mais quente já registrado no planeta. A temperatura média global superou em 1,75 °C os níveis do período pré-industrial, marcando um aumento alarmante em relação às metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.

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Temperaturas Alcançam Novos Recordes

O levantamento do Serviço de Copernicus revela que os níveis de calor não apenas ultrapassaram a marca de 1,5 °C de aquecimento, mas também registraram um aumento consecutivo por 18 meses. A temperatura média global atingiu 13,23 °C, enquanto a média da superfície do mar alcançou 20,78 °C.

Impactos das Mudanças Climáticas

Janeiro de 2025 foi 0,9 °C mais quente que o mesmo mês do ano anterior, superando pela primeira vez os 1,6 °C considerados seguros. Cientistas alertam que cada fração de grau acima de 1,5 °C pode aumentar a intensidade e frequência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, chuvas intensas e secas em larga escala.

Surpresa para os Pesquisadores

Apesar das expectativas de temperaturas mais baixas devido ao fenômeno La Niña, que tende a resfriar os oceanos, as medições surpreenderam os pesquisadores. O cientista Julien Nicolas, do Serviço de Copernicus, afirma que a falta de um efeito de resfriamento foi inesperada. A hipótese é que La Niña esteja perdendo força, o que pode resultar em temperaturas ainda mais altas nos próximos meses.

Continuação do Monitoramento

A estratégia do Serviço de Copernicus é continuar monitorando as temperaturas dos oceanos, os principais reguladores do clima. Segundo Stefan Rahmstorf, da Universidade de Potsdam, essa é a primeira vez que temperaturas durante a La Niña superaram as de um El Niño anterior. Rahmstorf destaca que, nos últimos 60 anos, todos os meses de janeiro durante La Niña foram mais frios do que os anos anteriores.