Paraná lidera crescimento industrial no Brasil
Com alta de 4,2% em 2024, o estado do Sul do Brasil ganha destaque em pesquisas; confira
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A indústria do Paraná avançou 4,2% em 2024, superando a média nacional de 3,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado se destacou entre as principais economias industriais do Brasil, à frente de São Paulo (3,1%), Minas Gerais (2,5%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Rio de Janeiro (0,1%). Apenas o Espírito Santo registrou retração no acumulado do ano (-1,6%).
Setores em destaque
O crescimento da indústria paranaense foi impulsionado pelo bom desempenho de 11 das 13 atividades analisadas pelo IBGE. Os setores que mais se destacaram foram:
- Máquinas, aparelhos e materiais elétricos: 36,4%
- Automotivo: 13,7%
- Móveis: 12,7%
- Produtos de madeira: 12,4%
- Bebidas: 9,9%
Por outro lado, os segmentos de petróleo e biocombustíveis (-1,5%) e máquinas e equipamentos (-0,7%) apresentaram queda na produção.
Empregabilidade e consumo
O aumento na oferta de empregos formais, que cresceu 47% em 2024, também contribuiu para o avanço da indústria. Com mais renda circulando, o consumo foi estimulado, beneficiando os setores de comércio e serviços e, consequentemente, a produção fabril.
“O crescimento acima da média nacional e superior ao de estados altamente industrializados comprova o potencial do Paraná para se desenvolver ainda mais”, afirmou Edson Vasconcelos, presidente do Sistema Fiep.
Desafios e impacto do comércio exterior
Apesar do bom desempenho, o setor industrial paranaense enfrenta desafios como o aumento da taxa básica de juros e a variação cambial, que podem impactar o consumo e os investimentos na capacidade produtiva.
No comércio exterior, as importações cresceram 7,7% em 2024, impulsionadas pela demanda por equipamentos, insumos e matérias-primas. No entanto, a valorização do dólar no último trimestre elevou os custos, ameaçando a competitividade da indústria no curto prazo.
Os sucessivos aumentos na taxa de juros desde o segundo semestre de 2024 preocupam o setor, pois encarecem o crédito e podem desacelerar os investimentos e a produção. Se essa tendência persistir, pode haver impactos negativos na geração de empregos, na renda e no consumo, afetando o crescimento econômico do estado.