Júri de Jorge Guaranho entra na fase final; confira
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O julgamento de Jorge Guaranho, ex-policial penal acusado do assassinato de Marcelo Arruda, entra em sua fase final nesta quinta-feira (13) no Tribunal do Júri de Curitiba. Ele responde por homicídio duplamente qualificado pela morte do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal de Foz do Iguaçu, ocorrida em julho de 2022.
Nos dois primeiros dias de júri, nove testemunhas foram ouvidas, além do réu, que apresentou publicamente sua versão dos fatos pela primeira vez. O julgamento ocorre dois anos e meio após o crime, que aconteceu durante a festa de 50 anos de Arruda, com temática do PT e do presidente Lula.
A expectativa é que o júri seja concluído ainda nesta quinta-feira, com a fase de debates entre acusação e defesa, antes da decisão do Conselho de Sentença.
Testemunhas ouvidas no julgamento
Entre as testemunhas que prestaram depoimento estão:
- Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, que relatou detalhes do crime e as dificuldades enfrentadas após a morte do marido;
- Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava no local do crime;
- Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, perita responsável por laudos de imagem;
- Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Arruda que presenciou a discussão antes do assassinato;
- Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, tio de Pâmela e responsável pela decoração da festa;
- Marcelo Adriano Ferreira, policial penal que trabalhava com Guaranho;
- Márcio Jacob Muller Murback, amigo do réu e membro da direção da associação onde ocorreu a festa;
- Simone Cristina Malysz, perita envolvida na elaboração de laudos do caso;
- Alexandre José dos Santos, amigo de Arruda e servidor público.
Relembre o crime
O crime aconteceu em 9 de julho de 2022. Segundo as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e iniciou uma discussão. Cerca de 10 minutos depois, ele retornou ao local armado e disparou contra Arruda, que revidou com sua arma de guarda municipal.
Arruda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos, falecendo na madrugada de 10 de julho. Ele deixou quatro filhos, sendo que um deles tinha apenas 40 dias na época. Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados da festa, internado e posteriormente preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, onde permaneceu até setembro de 2024. Atualmente, cumpre prisão domiciliar.
O julgamento é presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.