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Redução do desmatamento da Mata Atlântica no Paraná atinge 73% em 2024

Leia a matéria e confira os dados fornecidos pelo Instituto Água e Terra (IAT)

Redação Hoje Maringá
Redução do desmatamento da Mata Atlântica no Paraná atinge 73% em 2024 A área desmatada no ano passado foi de 329 hectares, comparada aos 1.229 hectares em 2023. | Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST-PR

O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou um relatório indicando uma redução de 73% no desmatamento da Mata Atlântica no Paraná em 2024. A área desmatada no ano passado foi de 329 hectares, comparada aos 1.229 hectares em 2023. Esse é o terceiro ano consecutivo de redução no desmatamento. Desde 2021, a área desmatada caiu de 6.939 hectares para 4.002 em 2022 e 1.229 em 2023.

Fiscalização e Multas Aplicadas

O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, destacou o trabalho de fiscalização e uso de tecnologia como fatores para a queda no desmatamento. Em 2024, o valor das multas aplicadas por danos à flora foi de R$ 134 milhões, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. O número de Autos de Infração Ambiental (AIA) também aumentou, de 3.784 para 5.225. Desde 2019, as multas totalizam R$ 566,7 milhões, com os valores arrecadados sendo repassados ao Fundo Estadual do Meio Ambiente para financiar projetos ambientais.

Em abril de 2024, o IAT realizou a primeira operação remota de combate ao desmatamento, resultando na emissão de 218 AIAs em 46 municípios e R$ 5,9 milhões em multas. Em maio, uma operação vistoriou 19 municípios no Sudoeste do Estado, com R$ 2,8 milhões em multas. No mês seguinte, junho, seis municípios da região central foram vistoriados, resultando em 237 AIAs e R$ 6,9 milhões em multas. Já em julho, a segunda operação remota cobriu 43 municípios, com 252 AIAs e R$ 16,4 milhões em multas.

Operações de Fiscalização

As regionais de Guarapuava, Curitiba, Francisco Beltrão, Irati e Ponta Grossa foram as que mais emitiram autos de infração, somando R$ 84,9 milhões em multas. As operações de fiscalização, tanto remotas quanto em campo, foram intensificadas em 2024, resultando na emissão de milhares de autos de infração e milhões de reais em multas. Além da fiscalização, o IAT enfatizou a importância das ações de restauração ambiental, que contribuíram para a redução da área desmatada. Desde 2019, o programa Paraná Mais Verde distribuiu 10 milhões de mudas.

O IAT também destacou as ações de plantio em parceria com clubes de serviço, prefeituras, escolas e proprietários rurais, que ajudam a recuperar a vegetação nas áreas desmatadas. O secretário Souza enfatizou que essas ações são importantes para alcançar os resultados observados na redução do desmatamento.

Uso da Tecnologia e Denúncias

O uso de tecnologia foi essencial nas ações contra o desmatamento. Alertas gerados por imagens de satélite permitiram a detecção de desmatamentos ilegais, analisados pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT. Avanços tecnológicos permitiram a fiscalização de áreas menores e a emissão de autos de infração remotamente. Desde 2021, o IAT utiliza alerta de imagens de satélite para fiscalizar supressões de floresta natural. Essas ocorrências são publicadas na Plataforma MapBiomas Alerta e na Plataforma Rede MAIS, e as imagens são analisadas pelo NGI. A investigação resulta na elaboração de laudos técnicos, delimitação da área do desmatamento, possíveis autos de infração e áreas embargadas.

Além disso, a tecnologia permite verificar o licenciamento dos imóveis e sua sobreposição com o Sicar, verificando limites dos imóveis, domínio, Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Os relatórios técnicos são enviados diretamente para as regionais do IAT para a tomada de providências.

A denúncia é uma ferramenta importante na luta contra os crimes ambientais. O Disque-Denúncia 181 é o principal canal para que cidadãos possam informar sobre desmatamentos ilegais, com as denúncias sendo investigadas pelo Batalhão Ambiental e pelo IAT. O IAT também disponibiliza um serviço de Ouvidoria para registrar denúncias de forma objetiva e precisa, permitindo uma apuração eficiente dos fatos e atendimento rápido das equipes de fiscalização.

O secretário Souza destacou que, além do combate ao desmatamento ilegal, as ações de restauração ambiental são importantes para a preservação da Mata Atlântica. As ferramentas de detecção estão sendo aprimoradas, permitindo a vistoria de áreas menores e a emissão de autos de infração remotamente, sem a necessidade da presença de um técnico no local. Esses avanços tecnológicos têm sido decisivos para a eficácia das ações de fiscalização e preservação ambiental no Paraná.





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