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Da Síndrome de Asperger ao TEA: Uma Nova Perspectiva no Diagnóstico

O Papel da Ciência na Redefinição do Autismo

Redação Hoje Maringá
Da Síndrome de Asperger ao TEA: Uma Nova Perspectiva no Diagnóstico Foto: Banco de imagem

A expressão "autismo leve" ou "autismo de alta funcionalidade", anteriormente associada à síndrome de Asperger, não é mais utilizada desde 2013. Pessoas que antes recebiam esse diagnóstico agora são enquadradas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) como autistas nível 1 de suporte.

Entenda a Mudança

A síndrome de Asperger, descrita pelo pediatra austríaco Hans Asperger em 1944, era caracterizada por dificuldades na interação social, padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos (hiperfocos). Diferentemente do autismo clássico, não havia atraso cognitivo global e a comunicação verbal estava presente.

Com a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicado em 2013 pela Associação Americana de Psiquiatria, a síndrome de Asperger passou a integrar o TEA. A Classificação Internacional de Doenças (CID-11), vigente desde janeiro de 2022, também incluiu a síndrome no espectro do TEA.

Impacto das Mudanças

Segundo a psicóloga e psicanalista Sílvia Oliveira, a mudança é positiva por reconhecer o autismo como um espectro, facilitando o diagnóstico e acesso ao suporte adequado. A nova classificação evita divisões rígidas entre diagnósticos, promovendo uma visão mais inclusiva da condição.

Histórias de Vida

Leonardo Sampaio, 22 anos, estudante de psicologia, foi diagnosticado com autismo nível 1 de suporte há cerca de um ano. Anteriormente suspeitava-se de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), mas outras características apontaram para o TEA.

"O diagnóstico de autismo foi essencial para entender meus limites e barreiras sociais, além de melhorar minha autoestima", diz Leonardo.

Ana Karoline Freitas, 21 anos, também foi diagnosticada como autista nível 1 de suporte. O diagnóstico tardio, aos 19 anos, mudou sua vida após anos de tratamento psiquiátrico e psicológico sem resultados efetivos.

"Mostra que nós, autistas, somos diferentes, mas continuamos autistas. A distinção por nome ou nível de suporte faz as pessoas acreditarem que exista alguém mais ou menos autista", avalia Ana Karoline.


A mudança de nomenclatura promove uma compreensão mais abrangente do TEA, sem hierarquizações no diagnóstico, e destaca a necessidade de respeito aos critérios diagnósticos e aos direitos de todas as pessoas no espectro autista.




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