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Cheiro de múmia: o odor não é tão ruim como parece; confira

A ciência revela as múmias egípcias exalam odores amadeirados e doces!

Redação Hoje Maringá
Cheiro de múmia: o odor não é tão ruim como parece; confira Foto: Banco de imagens

Recentemente, uma pesquisa desmistificou a expressão popular "cheiro de múmia", mostrando que esses restos mortais podem exalar aromas surpreendentemente agradáveis. Cientistas analisaram nove múmias egípcias e descobriram que elas têm aromas "amadeirados", "picantes" e "doces". Essa descoberta foi publicada na revista Journal of the American Chemical Society e é pioneira na análise sistemática do odor e da química de múmias de diferentes períodos. Além dos aromas já mencionados, foram detectados indícios de fumaça, mofo, flores, chá e poeira, compostos orgânicos voláteis utilizados no processo de mumificação.


A ideia de estudar os odores das múmias surgiu por acaso, quando o químico Matija Strlic, da Universidade de Liubliana, na Eslovênia, visitou um laboratório de conservação e se deparou com uma múmia que exalava um cheiro surpreendentemente agradável. Em suas palavras, o odor era "agradavelmente doce e herbal". Esta foi a primeira vez que ele vivenciou pessoalmente o cheiro de uma múmia bem conservada. Durante a pesquisa, os odores de nove múmias com até cinco mil anos foram avaliados por farejadores humanos e análises químicas. Utilizou-se a cromatografia gasosa, uma técnica da indústria de perfumes, para isolar as fragrâncias.

O processo de embalsamamento no Egito Antigo, motivado pela crença na vida após a morte, durava até 70 dias. Iniciava-se com a remoção do cérebro pelas narinas, seguida pela extração dos órgãos internos, exceto o coração. Os corpos eram desidratados com natrão e, posteriormente, purificados com vinhos, especiarias e óleos, como incenso, mirra, óleo de cedro e resina de zimbro. Esses elementos não só preservavam a elasticidade da pele, mas também proporcionavam uma fragrância agradável, associada à divindade.

A pesquisa revelou ainda odores específicos de decomposição de gorduras animais no interior dos sarcófagos, um alerta para a necessidade de intervenções de conservação. Além disso, a técnica de medir moléculas de ar permite inferir a classe social das múmias e outras informações relevantes para curadores e arqueólogos. Assim, a abordagem adotada nesta pesquisa pode ser de grande interesse para outras coleções de museus no futuro.




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