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Delação de Mauro Cid revela tentativa de blindagem do general Braga Netto

Hierarquia Militar Influencia Depoimentos na PF

Redação Hoje Maringá
Delação de Mauro Cid revela tentativa de blindagem do general Braga Netto Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou a tentativa de blindagem do general Braga Netto nos primeiros depoimentos prestados à Polícia Federal (PF). A delação foi utilizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como base para a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Bolsonaro e mais 33 acusados no inquérito do golpe.

Depoimentos e Hierarquia Militar
Em depoimentos prestados, Cid admitiu ter "dosado as palavras" sobre as tentativas de Braga Netto de obter informações sobre a delação por meio de ligações telefônicas para o general Lourena Cid, pai do ex-ajudante. Durante interrogatório conduzido pelo delegado Fabio Shor em dezembro do ano passado, Cid afirmou que respeitou a hierarquia militar ao não confirmar inicialmente que Braga Netto pretendia financiar militares para a execução do plano golpista e obter dados sobre a delação.
Entregas de Dinheiro
Cid também revelou que Braga Netto, ex-ministro e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, lhe entregou dinheiro dentro de uma sacola de vinho, que teria sido repassado a um militar identificado como Rafael de Oliveira. "O general Braga Netto me entregou o dinheiro, eu tenho quase certeza que foi no Alvorada, até me lembro que eu botei na minha mesa ali na biblioteca do Alvorada e depois o De Oliveira veio buscar o dinheiro comigo na própria Alvorada, só que eu não consigo lembrar o dia", completou Cid.
Prisão de Braga Netto e Defesa
Braga Netto está preso desde 14 de dezembro de 2024, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe. Segundo a Polícia Federal, baseada na delação de Cid, o general estaria obstruindo a investigação.
A defesa de Braga Netto considerou a denúncia da PGR fantasiosa e ressaltou a reputação ilibada do general, com mais de 40 anos de serviços prestados ao Exército. "O general Braga Betto está preso há mais de 60 dias e ainda não teve amplo acesso aos autos, encontra-se preso em razão de uma delação premiada que não lhe foi permitido conhecer e contraditar", declarou a defesa.

Para mais informações sobre o caso e seus desdobramentos, continue acompanhando nossa cobertura.




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