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Engano Devastador: Pais Brancos Descobrem Filho Negro Após Erro de Clínica de Fertilidade

Caso de Troca de Embriões Segue na Justiça do EUA

Redação Hoje Maringá
Engano Devastador: Pais Brancos Descobrem Filho Negro Após Erro de Clínica de Fertilidade Foto: Banco de imagem

Uma mulher branca, Krystena Murray, deu à luz um bebê negro em dezembro de 2023 e está processando a clínica de fertilidade Coastal Fertility Specialists por um erro cometido na fertilização in vitro. Murray afirma que descobriu o erro somente no nascimento de seu filho, um menino saudável, ao perceber que o bebê não havia se desenvolvido a partir de um de seus óvulos fertilizados em laboratório, já que o doador de esperma também era branco.

Após confrontar a clínica, Murray descobriu que os médicos haviam implantado o embrião de outra paciente em seu útero. Mesmo assim, decidiu criar o bebê. No entanto, ela perdeu a custódia da criança quando a clínica localizou e notificou os pais biológicos, que exigiram a custódia. Para evitar uma batalha judicial, Murray entregou o menino, que tinha 5 meses na época.

Murray entrou com um processo civil contra a Coastal Fertility Specialists na terça-feira (18), acusando a clínica de negligência e pelos danos emocionais causados. Em uma coletiva de imprensa virtual, ela afirmou: "Eu nunca me senti tão violada, e essa situação me deixou emocional e fisicamente destruída. Passei minha vida inteira querendo ser mãe. Amei, nutri e carreguei meu filho, e faria literalmente qualquer coisa para mantê-lo".

A clínica, que opera em Savannah e em quatro cidades na Carolina do Sul, pediu desculpas e afirmou ter adotado novos protocolos de segurança para evitar que esse tipo de erro ocorra novamente. "Este foi um caso isolado, sem outros pacientes afetados", declarou a empresa.

A Descoberta e a Batalha pela Custódia

Murray iniciou o tratamento de fertilização in vitro no início de 2023, passando pelo processo de injeções para estimular a produção de óvulos, que foram coletados e fertilizados em laboratório. Ela engravidou na segunda tentativa de implantação do embrião. No entanto, na ação judicial, alega que o erro da clínica foi "extremo e ultrajante", transformando-a "involuntariamente em uma barriga de aluguel contra sua vontade para outro casal".

Seu advogado, Adam Wolf, destacou que Murray ainda não sabe o que aconteceu com seus próprios embriões e que as circunstâncias da troca ainda não estão completamente esclarecidas. O escritório de advocacia de Wolf já representou mais de 1.000 pacientes contra clínicas de fertilidade, muitas vezes por casos de embriões perdidos, danificados ou armazenados em freezers defeituosos. Ele afirmou que a troca de embriões é um erro raro. "As clínicas de fertilidade desempenham um papel essencial. Mas esse trabalho incrível traz uma grande responsabilidade. Quando cometem erros como esse, as consequências são devastadoras", disse Wolf.

Impacto Emocional e Medo de Perder o Bebê

Murray lembra que o dia do nascimento foi marcado pela alegria, mas que rapidamente se transformou em confusão e medo. "Se essa criança não era minha geneticamente, de quem era? E poderiam tirá-lo de mim?", pensou na época. Com receio, evitou postar fotos do bebê nas redes sociais ou mostrá-lo para amigos e familiares. Pouco depois do parto, chegou a cobrir o bebê com um cobertor durante um funeral para evitar perguntas.

No início do ano passado, um teste de DNA confirmou que o menino não era biologicamente seu filho. O advogado de Murray informou que seu escritório notificou a Coastal Fertility Specialists, esperando que a clínica melhorasse seus protocolos. A clínica então identificou os pais biológicos do bebê e os notificou sobre o nascimento ocorrido após a implantação errada do embrião.

Murray conta que o casal entrou com uma ação judicial contra ela no ano passado exigindo a custódia. Sem chances de vencer a disputa, decidiu entregar o bebê em maio de 2023, quando ele tinha 5 meses de vida. Desde então, não teve mais contato com ele. "Eu já conhecia os riscos da fertilização in vitro", disse Murray, mencionando possíveis complicações como sangramentos, infecções e até esterilidade. "Mas nunca considerei a possibilidade de dar à luz o filho de outra pessoa e tê-lo arrancado de mim", lamentou. "E acho que isso é algo que as mulheres deveriam saber que pode acontecer."

Continuação do Caso

O caso continua a atrair atenção, e a comunidade médica observa atentamente as repercussões legais e éticas de tal erro. Murray busca uma indenização financeira pelo sofrimento emocional e pelas circunstâncias extremas que enfrentou.

A Coastal Fertility Specialists reafirma seu compromisso em melhorar a segurança e evitar que erros semelhantes aconteçam novamente, mas o impacto desse caso já é significativo para todos os envolvidos.




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