Secretários de segurança aprovam padrão nacional para dados de crimes
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De acordo com o presidente do Consesp, Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, o documento abrangerá homicídios dolosos (intencionais), feminicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios (roubos seguidos de morte). A medida visa garantir uma coleta de dados mais uniforme e precisa, permitindo uma análise mais eficiente da criminalidade no país.
Avelar destacou a importância da resolução, afirmando que, apesar das 27 unidades federativas do Brasil, a colaboração entre os estados permite a busca de soluções comuns para o enfrentamento da violência. Ele também enfatizou a participação dos 26 estados e do Distrito Federal na definição da metodologia, reforçando que a reunião de hoje foi "a mais importante da história do Consesp".
Durante o encontro, que contou com a presença dos secretários de segurança de todos os estados, também foi aprovado o encaminhamento de propostas para aprimorar a divulgação dos dados nacionais pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A padronização dos indicadores criminais foi debatida desde agosto de 2024, quando foi criado um grupo de trabalho com representantes de todos os estados e do Distrito Federal.
A proposta visa estabelecer protocolos unificados para o tratamento e a divulgação de dados sobre a criminalidade, o que garantirá maior transparência e permitirá uma análise mais precisa do cenário da segurança pública no país. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal ressaltou que a padronização contribuirá para a formulação de políticas públicas mais eficazes no combate ao crime.
O secretário estadual de Segurança Pública do Amazonas, Almeida, também comentou sobre a importância dessa padronização. Ele destacou que os números unificados trarão mais clareza e transparência, auxiliando na tomada de decisões pelas forças de segurança e tornando os dados mais acessíveis para gestores e pesquisadores. Segundo Almeida, o debate sobre a padronização das estatísticas já se arrastava há anos, e a decisão foi um passo importante para o avanço da segurança pública no Brasil.