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Mitos e verdades sobre quem fala mais: homens ou mulheres?

Nova pesquisa desmistifica estereótipos de gênero na comunicação

Redação Hoje Maringá
Mitos e verdades sobre quem fala mais: homens ou mulheres? Foto: Banco de imagem

Um estudo recente, publicado na revista Journal of Personality and Social Psychology, aponta que mulheres entre 25 e 65 anos falam aproximadamente 3.000 palavras a mais por dia em comparação aos homens. A pesquisa foi realizada pela Universidade do Arizona e é uma ampliação de um estudo anterior de 2007.
Em 2007, um estudo controverso revelou que homens e mulheres falavam, em média, cerca de 16.000 palavras por dia, sem diferenças significativas entre os gêneros. Agora, com uma amostra ampliada e mais diversa, os pesquisadores analisaram 630.000 gravações provenientes de 22 estudos conduzidos em quatro países, totalizando 2.197 participantes com idades entre 10 e 94 anos.
As conversas diárias foram capturadas por um dispositivo de gravação portátil chamado EAR (Electronically Activated Recorder), que liga em intervalos aleatórios para gravar trechos de conversas, possibilitando um registro mais natural das interações verbais.

Mulheres e a maternidade
Os resultados indicam que, enquanto mulheres entre 25 e 60 anos falavam em média 21.845 palavras por dia, os homens falavam cerca de 18.570. A principal hipótese para essa diferença sugere que as mulheres, muitas vezes assumindo o papel de cuidadoras principais dos filhos, tendem a falar mais durante esse período de suas vidas.
Redução da comunicação ao longo dos anos
Outra descoberta intrigante do estudo é a redução na quantidade de palavras faladas por dia ao longo dos anos. De 2005 a 2018, o número médio de palavras proferidas caiu de 16.000 para 13.000, independentemente de gênero ou idade. Os pesquisadores sugerem que a comunicação digital pode estar contribuindo para essa diminuição na fala oral.
Estereótipos desafiados
O estudo também desafia o estereótipo comum de que as mulheres são naturalmente mais falantes do que os homens. “Há uma forte suposição intercultural de que as mulheres falam muito mais do que os homens”, comenta Colin Tidwell, pesquisador em psicologia clínica da Universidade do Arizona e um dos autores da pesquisa. “Queríamos ver se essa suposição se mantém ou não quando testada empiricamente.”
A pesquisa destaca a complexidade das diferenças de gênero na comunicação e sugere que fatores sociais e de criação dos filhos podem influenciar significativamente o número de palavras faladas. Ao mesmo tempo, a crescente dependência da comunicação digital parece estar diminuindo nossa interação verbal cotidiana.




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