Na última sexta-feira (21), a Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o influenciador digital, empresário e ex-candidato a prefeito da capital paulista, Pablo Marçal, a oito anos de inelegibilidade. A decisão, que cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), foi fundamentada por abuso de poder político, econômico, uso indevido de meios de comunicação social e captação ilícita de recursos.

• ➡️ Siga nosso Instagram
• ➡️ Participe do nosso grupo de WhatsApp

Detalhes da Decisão

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, declarou a participação direta e pessoal de Marçal em condutas ilícitas que beneficiaram sua candidatura. "Não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura", destacou o juiz.

Fraude à Lei

Segundo a decisão, Marçal oferecia apoio político por meio de vídeos em suas redes sociais a candidatos a vereador, em troca de doações para sua campanha eleitoral no valor de R$ 5.000,00. Essa prática foi caracterizada como abuso de poder e fraude à lei eleitoral. "Ficou demonstrado que o réu Pablo Marçal ofereceu apoio político por meio de vídeo para impulsionar campanha eleitoral de candidatos a vereador (que não estivessem em partidos de esquerda) em troca de doação do valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para sua campanha eleitoral", afirma o texto da decisão.

Ação de Investigação

A ação de investigação foi movida por Guilherme Boulos, ex-candidato ao cargo de prefeito de São Paulo pela Coligação Amor por São Paulo. Boulos argumentou que as práticas de Marçal representaram uma grave violação das normas eleitorais brasileiras.

Reações e Contexto

Até o momento, a assessoria de Pablo Marçal não se manifestou sobre a condenação. A decisão reacende o debate sobre a influência das redes sociais nas eleições e o uso de recursos não declarados em campanhas eleitorais. Pablo Marçal ganhou notoriedade nas redes sociais como empresário e influenciador digital, acumulando milhões de seguidores com seus conteúdos motivacionais e de negócios.

Perspectivas Futuras

Enquanto a decisão não transita em julgado, Marçal poderá recorrer ao TRE para reverter a inelegibilidade. Caso contrário, ficará afastado de disputas eleitorais por um período de oito anos. A condenação de Marçal serve como alerta para o rigor das leis eleitorais brasileiras e a importância de uma fiscalização eficiente para garantir a lisura dos processos eleitorais.