Dólar sobe para R$ 5,75 com receio sobre inflação
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O mercado financeiro enfrentou um dia de instabilidade nesta segunda-feira (24), com o dólar superando a barreira de R$ 5,75 e a bolsa registrando a segunda queda consecutiva.
O dólar comercial fechou a R$ 5,755, com alta de 0,43% (+R$ 0,025). Durante o dia, a cotação chegou a cair para R$ 5,71, mas subiu no fim da tarde, alcançando a máxima do dia. Esse valor é o maior desde o último dia 13, embora a divisa acumule uma queda de 6,87% no ano.
No mercado de ações, o índice Ibovespa teve um desempenho negativo, encerrando o pregão a 125.401 pontos, com uma queda de 1,36%. A instabilidade foi perceptível, com o indicador apresentando estabilidade pela manhã e caindo à tarde.
Influências internas e externas
O cenário doméstico gerou apreensão no mercado financeiro. A declaração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre a criação de mais de 100 mil empregos formais em janeiro foi vista com receio, uma vez que o mercado teme que o crescimento econômico possa forçar o governo a adotar medidas mais rígidas, como o aumento da taxa de juros, para conter a inflação. A divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro está prevista para quarta-feira (26), o que pode trazer mais clareza sobre o desempenho do mercado de trabalho.
Externamente, o impacto das quedas nas bolsas norte-americanas também foi sentido no Brasil. O dólar subiu em relação às principais moedas, enquanto os investidores aguardam dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos, que serão divulgados ainda nesta semana.