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Por que Marte é vermelho? Nova descoberta sugere possível vida

Nova pesquisa revela a verdadeira causa da cor de Marte e aponta para um passado habitável

Redação Hoje Maringá
Por que Marte é vermelho? Nova descoberta sugere possível vida Foto: Banco de Imagem

Por séculos, Marte cativou tanto cientistas quanto o público com sua tonalidade avermelhada, que lhe conferiu o título de "planeta vermelho". Recentemente, pesquisadores apresentaram uma nova explicação para essa cor intrigante, propondo que a ferrugem resultante da reação de um composto com água e oxigênio seja a responsável. Tal descoberta oferece novas pistas sobre a possibilidade de Marte ter sido habitável no passado.

Anteriormente, estudos sugeriam que a coloração avermelhada era causada por um mineral seco, semelhante à ferrugem, chamado hematita. De acordo com essa teoria, a reação teria ocorrido sem a presença de umidade, um fator crucial para determinar se Marte já foi habitável. No entanto, nas últimas décadas, o planeta recebeu várias missões espaciais que permitiram análises detalhadas do material coletado.

Com base nesses dados, pesquisadores agora sugerem uma nova explicação: a ferrihidrita, um mineral de ferro rico em água, pode ser o principal responsável pela poeira avermelhada de Marte. A ferrihidrita é um mineral de óxido de ferro que se forma em ambientes ricos em água e, na Terra, está comumente associada a processos como o intemperismo de rochas vulcânicas e cinzas. Até o momento, seu papel na composição da superfície marciana não era bem compreendido, mas esta nova pesquisa indica que ela pode ser um dos principais componentes da poeira que cobre o planeta.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram dados de várias missões a Marte, combinando observações orbitais do Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA, e do Mars Express e Trace Gas Orbiter, da Agência Espacial Europeia, além de medições feitas na superfície por veículos como Curiosity, Pathfinder e Opportunity. A pesquisa foi publicada nesta terça-feira (25) na revista Nature Communications.

Essa descoberta oferece uma pista promissora sobre o passado mais úmido e potencialmente habitável de Marte, pois, diferentemente da hematita — que geralmente se forma sob condições mais quentes e secas —, a ferrihidrita se forma na presença de água fria. Esse novo contexto sugere que Marte pode ter tido um ambiente capaz de sustentar água líquida, um ingrediente essencial para a vida, antes de fazer a transição para o ambiente seco que conhecemos hoje, bilhões de anos atrás.

Adomas Valantinas, astrônomo e um dos autores do estudo, destaca que, para entender se houve vida em Marte, é essencial compreender as condições presentes durante a formação desse mineral. A partir deste estudo, sabemos que as evidências apontam para a formação de ferrihidrita, o que indica que deve ter havido um ambiente onde o oxigênio e a água puderam reagir com o ferro — condições muito diferentes do ambiente seco e frio de hoje.

Embora a pesquisa ainda não confirme a existência de vida em Marte, ela fornece indícios de que o planeta já teve condições favoráveis à habitação. "Esta pesquisa é uma oportunidade de abrir novas portas", afirma John Mustard, outro dos pesquisadores envolvidos.




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