Vendas do Tesouro Direto têm recorde com R$ 8,76 bi em investimentos
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As vendas de títulos do Tesouro Direto atingiram R$ 8,763 bilhões em janeiro de 2025, o maior valor da série histórica do programa, segundo o Tesouro Nacional. No mesmo período, os resgates totalizaram R$ 7,181 bilhões, resultando em emissões líquidas de R$ 1,583 bilhão.
Preferência por títulos atrelados à Selic
Os títulos mais procurados foram os vinculados à Selic, que representaram 44,1% das vendas. Em seguida, apareceram os papéis corrigidos pelo IPCA (30,1%) e os prefixados (25,9%). O elevado patamar da Selic, atualmente em 13,25% ao ano, tem mantido o interesse nesses investimentos.
Tesouro Direto atrai mais investidores
O programa registrou 449.329 novos cadastros em janeiro, elevando o total para 31,49 milhões de investidores, um crescimento de 15% em 12 meses. No entanto, o número de investidores ativos caiu ligeiramente no mês, totalizando 3.010.879.
Os pequenos investidores seguem dominando as operações: 78,1% das vendas foram de valores até R$ 5 mil, com destaque para aplicações de até R$ 1 mil (56%).
Investimentos de curto prazo ganham força
A maioria dos investidores optou por títulos com vencimento em até cinco anos, que corresponderam a 73,3% das vendas. Já os títulos com prazo de mais de 10 anos somaram 21,8%.
O que é o Tesouro Direto?
Criado em 2002, o Tesouro Direto permite que pessoas físicas comprem títulos públicos diretamente do governo, sem intermediários. Os investidores pagam apenas uma taxa semestral à B3, responsável pela custódia dos papéis.
O governo utiliza a venda desses títulos como fonte de captação de recursos para pagar dívidas e financiar projetos públicos, garantindo um retorno aos investidores com base na Selic, inflação ou uma taxa prefixada.