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Nova vacina contra a Dengue promete mais proteção com menos doses

Butantan-DV será produzida no Brasil e visa alcançar novos públicos-alvo

Redação Hoje Maringá e agenciabrasil.ebc.com.br
Nova vacina contra a Dengue promete mais proteção com menos doses Foto: Banco de imagem

O Ministério da Saúde anunciou a primeira vacina nacional contra a dengue, batizada de Butantan-DV, que traz avanços importantes, como o aumento no volume de doses disponíveis, produção do imunizante no Brasil, novo esquema vacinal de somente uma dose e a inclusão de novos públicos-alvo. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Mônica Levi, destaca que, embora 60 milhões de doses sejam entregues no próximo ano, esse número é insuficiente para vacinar toda a população brasileira.

A produção do imunizante, que será realizada pelo Instituto Butantan, implica que o Programa Nacional de Imunizações precisará definir um público-alvo para receber a vacina. Atualmente, a vacina QDenga, da farmacêutica japonesa Takeda, é aplicada em adolescentes de 10 a 14 anos nas cidades com maior incidência da doença. A médica espera que novos estudos da Butantan-DV também mostrem a eficácia da vacina entre os idosos, que têm maior mortalidade pela doença.

Uma das principais inovações da Butantan-DV é que ela será a primeira vacina contra dengue no mundo a ser aplicada em somente uma dose, facilitando as campanhas de vacinação. Desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano e a farmacêutica MSD, a Butantan-DV será produzida com a empresa WuXi Biologics e é considerada 100% nacional, pois todas as etapas de produção serão realizadas em solo brasileiro.

Além de reduzir o risco de desabastecimento, essa autonomia na produção é fundamental para garantir vacinas suficientes para a população. A vacina, que é tetravalente e protege contra os quatro tipos de dengue, apresentou 79,6% de eficácia geral e 89,2% entre pessoas que já tiveram a doença nos testes finais. A aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) continua pendente.

No entanto, Mônica Levi alerta que esses benefícios só devem chegar à população em 2026 e reforça a importância da prevenção ambiental para controlar a disseminação do mosquito Aedes aegypti. Ela também ressalta que a vacina não proporciona "imunidade de rebanho" e que a proteção deve ser combinada com outras medidas preventivas.

Até o momento, o Brasil registrou mais de 439 mil casos prováveis de dengue em 2025, com 177 mortes confirmadas. Embora janeiro tenha tido menos casos em comparação ao mesmo mês do ano anterior, os números ainda são superiores aos registros de 2023.




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