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Paraná no Oscar: "Ainda Estou Aqui" possui técnica exclusiva de Curitiba

Laboratório Lab:Lab Analógico leva inovação ao Oscar com técnica única de gravação de filmes

G1 / Redação Hoje Maringá
Paraná no Oscar: Filme "Ainda Estou Aqui", direção de Walter Salles | Foto: Reprodução / G1

A técnica utilizada para desenvolver os slides de fotografias no filme "Ainda Estou Aqui", indicado a três categorias do Oscar, foi criada pelo Laboratório Lab:Lab Analógico, de Curitiba. O processo, o oposto da digitalização de filmes analógicos, foi resultado de mais de dois anos de pesquisa conduzida pelo laboratorista fotográfico Vitor Lopes Leite. A premiação ocorrerá neste domingo (2) em Los Angeles, nos Estados Unidos. Fernanda Torres, protagonista no filme, concorre na categoria Melhor Atriz.
O longa, inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, conta a história real da família do ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado durante a Ditadura Militar em 1971. Os slides preparados pela equipe do laboratório curitibano foram usados em cenas que mostram Eunice Paiva, especialista em direito indígena, dando aulas sobre o tema. Além disso, a equipe produziu imagens nas quais os atores refizeram fotos famosas da família Paiva, utilizadas na divulgação do filme.

Segundo Vitor Lopes Leite, o pedido da produção chegou em setembro de 2023 e exigiu duas semanas de testes, além de uma pesquisa prévia de um ano e meio. "Foi muito legal receber um e-mail da produção do filme com um pedacinho do roteiro. A gente não sabia exatamente do que se tratava, mas já tivemos acesso às fotos usadas na divulgação com Selton Mello e Fernanda Torres. Foi incrível, pois um e-mail do Walter Salles não é algo que se recebe todo dia", relata Vitor.
Reversão da Digitalização: Técnica Analógica Ganha Destaque

O processo usado no Lab:Lab é único na América do Sul e um dos três existentes no mundo. Chamado de "gravação de filme", ele faz o tratamento oposto da digitalização de filmes analógicos. Originalmente, a conversão das imagens digitais para o analógico envolvia seis banhos com substâncias químicas. Contudo, um dos produtos usados no processo passou a ser controlado pela Polícia Federal, o que obrigou o laboratório a interromper o serviço temporariamente. Para contornar a situação, entre 2018 e 2019, Vitor desenvolveu uma fórmula própria, chamada LL-4, que utiliza químicos permitidos e possibilitou ao Brasil voltar a revelar esse tipo de filme.

Para "Ainda Estou Aqui", as fotos digitais foram gravadas no modelo de filme colorido positivo, reveladas na fórmula LL-4 e montadas em slides com aspecto envelhecido. As imagens reconstituídas da família Paiva chegaram ao laboratório em películas e precisavam parecer degradadas pelo tempo. "A gente teve que dar um toque extra para que essas fotos parecessem envelhecidas. Algumas ficaram amareladas, outras azuladas, para ter o impacto de foto de época", explica Vitor.
Paraná presente na produção
O longa também contou com a participação de outros paranaenses: o roteiro foi adaptado por Murilo Hauser e Heitor Lorega, e quatro atores curitibanos integram o elenco: Marjorie Estiano, Lourinelson Vladmir, Otávio Linhares e Luiz Bertazzo.
O filme
"Ainda Estou Aqui" foi indicado à principal categoria do Oscar 2025, de Melhor Filme, a primeira vez que um filme brasileiro concorre nessa categoria. A produção também recebeu indicações para Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres). O filme é uma produção original Globoplay.




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