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Possível colapso da corrente do Oceano Atlântico preocupa cientistas

Estudos indicam que a Circulação Meridional do Atlântico (AMOC) pode sofrer impactos significativos devido às mudanças climáticas.

TecMundo / Redação Hoje Maringá
Possível colapso da corrente do Oceano Atlântico preocupa cientistas Foto: banco de imagem

A possibilidade de um colapso da corrente do Oceano Atlântico nas próximas décadas preocupa cientistas climáticos em todo o mundo. Estudos recentes alertam que a desaceleração das correntes oceânicas pode ser agravada pelas mudanças climáticas, impulsionadas pela poluição e pelo uso de combustíveis fósseis.

A Circulação Meridional do Atlântico (AMOC) é um sistema crucial que transporta água quente para o norte e água fria para o sul, mantendo a estabilidade dos padrões climáticos globais. No entanto, as ações humanas e as mudanças climáticas podem causar impactos significativos nesse fenômeno.

Um estudo publicado na revista científica Nature destaca que a AMOC pode colapsar ainda neste século, desencadeando transformações drásticas no clima global. Cientistas do Met Office e da Universidade de Exeter, na Inglaterra, utilizaram dados sobre mudanças climáticas para criar simulações de computador que analisaram possíveis cenários.

Os resultados indicam que, caso o AMOC entre em colapso, as consequências podem ser severas, afetando bilhões de pessoas com alterações nos padrões de chuva e resfriamento de diversas regiões da Europa. Além disso, há a possibilidade de elevação do nível do mar na costa leste dos Estados Unidos.

Apesar de nenhum dos 34 modelos computacionais utilizados prever um colapso antes do fim do século, os cientistas alertam que o pior cenário ainda pode ocorrer após 2100. Jonathan Baker, oceanógrafo do Met Office e principal autor do estudo, reforça a necessidade de atenção às mudanças na AMOC que podem ocorrer ainda neste século.

Impactos Globais

Mesmo que a circulação no Atlântico somente enfraqueça, as simulações indicam consequências significativas, como perdas na produção agrícola e alterações nas populações de peixes. Felizmente, o congelamento de várias regiões da Europa, previsto em caso de colapso total, provavelmente não ocorreria.

Os modelos também preveem que o enfraquecimento da AMOC levará ao desenvolvimento de uma versão mais forte da circulação no Pacífico, numa tentativa de compensar os impactos das mudanças climáticas.

Como Funciona a AMOC

Quando a AMOC atinge o Ártico, a água quente esfria e forma gelo marinho, aumentando a densidade da água que afunda sendo puxada para o sul. Esse mecanismo é o que impulsiona a circulação oceânica.

No entanto, com o aquecimento global e o derretimento do gelo na Groenlândia, abundância de água doce são despejadas no oceano, reduzindo sua densidade e desacelerando a corrente responsável pelo transporte dessa água.

Futuro da Circulação Oceânica

Mesmo com a possibilidade de colapso, Baker observa que o Oceano Antártico pode ajudar a manter a AMOC em funcionamento por meio de um fenômeno chamado ressurgência, onde os ventos na região puxam a água fria das profundezas para a superfície, contribuindo para a continuidade da circulação.

Atualmente, a força da AMOC é avaliada em 17 Sverdrups, mas tem diminuído cerca de 0,8 Sv por década. Para muitos especialistas, o colapso poderia ocorrer ao atingir menos de 5 Sverdrups.

Os cientistas continuam a monitorar e estudar a AMOC para melhor prever as futuras alterações nessa circulação crucial para o clima global.




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