Estudo revela relação entre testosterona, progesterona e distúrbios neurológicos

Redação Hoje Maringá e Notícias em 1 minuto
Estudo revela relação entre testosterona, progesterona e distúrbios neurológicos Foto: Divulgação/Redes Sociais

Uma revisão de estudos publicada na revista Genomic Press investigou a influência dos hormônios testosterona e progesterona no sistema nervoso, destacando o impacto que essas substâncias podem ter no desenvolvimento de distúrbios neurológicos, como enxaqueca, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.

O estudo, liderado por Hyman Schipper, professor de neurologia e geriatria no Canadá, focou principalmente em mulheres, uma vez que os níveis hormonais delas apresentam variações significativas ao longo do ciclo menstrual e na menopausa, ao contrário dos homens, cujos níveis de hormônios sexuais permanecem mais estáveis durante a idade adulta.

Os hormônios sexuais, como estrogênio e progesterona, têm um papel importante na regulação de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que são cruciais para o funcionamento do sistema nervoso. Alterações nos níveis desses hormônios podem afetar o metabolismo de neurotransmissores, desencadeando crises de distúrbios neurológicos, como no caso das enxaquecas. A variação do estrogênio antes da menstruação, por exemplo, pode influenciar a atividade da serotonina e afetar diferentes regiões do cérebro, resultando em episódios de enxaqueca.

Embora os hormônios sexuais desempenhem um papel significativo em várias condições neurológicas, Schipper ressalta que esses fatores não são os únicos responsáveis pelos distúrbios. Durante a gravidez, por exemplo, muitas mulheres relatam menos crises de enxaqueca, devido à estabilidade nos níveis de estrogênio, embora o estresse e outros fatores possam continuar a influenciar o quadro.

Apesar de evidências sobre a relação dos hormônios sexuais com condições como epilepsia, Parkinson e Alzheimer, Schipper aponta que mais estudos são necessários para entender melhor essas associações. Ele também destaca a falta de atenção ao tema, com poucos neurologistas clínicos especializados na relação entre hormônios sexuais e doenças neurológicas, enfatizando a importância de abordar esse aspecto nas práticas clínicas cotidianas.




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