O estado do Rio de Janeiro confirmou um caso de sarampo em um menino de 6 anos, residente na cidade de Itaboraí, que apresentou sintomas da doença em outubro do ano passado. A possibilidade de surto foi descartada após ações de vigilância e investigação, com 120 dias sem a confirmação de novos casos no município.

O menino não tinha histórico de viagem ou contato com casos suspeitos, e a fonte da infecção não foi identificada. Foram realizadas medidas como isolamento do paciente, vacinação de emergência das pessoas com quem ele teve contato e monitoramento da comunidade para garantir a não transmissão da doença.

A criança havia recebido as duas doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Porém, segundo Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, 2% dos vacinados podem não desenvolver imunidade devido a características do próprio organismo. "Por isso, é importante uma alta cobertura vacinal, de pelo menos 95% da população", ressaltou.

Fatores como transporte e armazenamento inadequados também podem reduzir a eficácia da vacina. Flávia destacou que a ausência de transmissão para outras pessoas e a ausência de casos secundários indicam uma boa cobertura vacinal.

Em 2024, foram notificados 207 casos suspeitos de sarampo no estado do Rio de Janeiro. Destes, 205 foram descartados, um foi confirmado e um ainda está sendo investigado. Em 2025, há cinco casos em investigação e oito notificações foram descartadas.

O único registro confirmado até o momento não ameaça o status do Brasil como país livre de sarampo, reconquistado no ano passado. A Secretaria Estadual de Saúde enviou um boletim aos municípios fluminenses para que estejam atentos a novos casos suspeitos.

O sarampo é altamente contagioso, podendo ser transmitido por uma única pessoa infectada a 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza, mal-estar e irritação nos olhos. A infecção pode evoluir para quadros graves, incluindo inflamação no cérebro, que pode levar à morte.

Para fins de esclarecimento: foram 207 notificações no ano passado, um caso confirmado e um ainda em investigação.