Com a chegada do Carnaval, cresce a preocupação com os impactos ambientais da folia. A designer de impacto e sustentabilidade, Luciana Lancerotti, destaca que a festa pode ser uma oportunidade para promover práticas sustentáveis. Ela estima que mais de 50 milhões de pessoas participarão das comemorações neste ano, e sugere que todos adotem atitudes que beneficiem o meio ambiente.

Notícias recentes revelam iniciativas de reciclagem durante o Carnaval, como o programa criado pela Fecomércio e Liesa. No Brasil, apenas 4% dos resíduos urbanos são reciclados, de acordo com a Abrelpe. Luciana enfatiza a importância de pensar de forma circular, reutilizando os materiais consumidos. A escolha de maquiagens biodegradáveis e o uso de garrafas reutilizáveis são exemplos de como reduzir o impacto ambiental.

Luciana ressalta que a poluição por plásticos é um dos maiores problemas atuais. Ela convida os foliões a pesquisarem sobre os microplásticos, que são prejudiciais ao corpo humano. O glitter, muito usado no Carnaval, é um tipo de microplástico. Levar uma garrafinha ou copo reutilizável e recolher resíduos em bolsas ou sacolas são atitudes simples que fazem a diferença.

O grupo performático Patubatê, de Brasília, é um exemplo de Carnaval sustentável. Há 25 anos, o grupo utiliza tambores feitos de materiais reciclados para animar a festa. Fred Magalhães, fundador do Patubatê, conta que a preocupação com a sustentabilidade sempre esteve presente. O grupo também realiza oficinas que ensinam a confecção de instrumentos com garrafas PET, latinhas e outros resíduos, além de conscientizar os foliões sobre a importância de recolherem seus resíduos.

Com a missão de difundir um Carnaval sustentável, o Patubatê espera promover atitudes duradouras nos aspectos econômico, ambiental e social. Fred Magalhães destaca a importância de reciclar relações humanas, incentivando atitudes de respeito e gentileza no cotidiano. O grupo se apresentará neste sábado (1º), das 13h às 16h, em frente ao Minas Brasília Tênis Clube, com oficinas, cortejo e o bloco do Patubatê.

A reflexão sobre o impacto ambiental e social do Carnaval é essencial para criar um futuro sustentável. A adoção de práticas conscientes pode transformar a folia em uma oportunidade de aprendizado e evolução, contribuindo para um planeta mais saudável para todos.