Mais de 40 municípios no Paraná se destacam na produção de bucha vegetal, tradicionalmente conhecida pelo seu uso em produtos de higiene pessoal, mas que também vem ganhando espaço na culinária. Quando colhida no momento certo, a bucha pode ser preparada e consumida de forma semelhante a outros legumes, oferecendo uma opção nutritiva e versátil para os consumidores.

O agricultor e comerciante Albertino Pirez, de Londrina, no norte do Paraná, explica que, quando a bucha ainda está "verde", em seu estágio inicial de desenvolvimento, ela pode ser refogada. "A gente tem a prática de fazê-la refogada, como se fosse abobrinha, chuchu. A gente faz muito", afirma Albertino, destacando o sabor delicioso do prato.

O cultivo da bucha vegetal no estado paranaense começa entre setembro e outubro, e após cerca de quatro meses, é realizada a colheita. João Teixeira, outro agricultor de Londrina, ensina uma técnica simples para identificar o momento certo da colheita: "Basta apertar, se ouvir um estralo, a bucha está pronta para ser colhida". Em sua propriedade, Teixeira chega a produzir cerca de seis mil buchas por ano, com cada planta fornecendo de 12 a 15 unidades.

No mercado, a bucha vegetal é vendida por unidade, com preços que variam entre R$ 3 e R$ 8, dependendo do tamanho. Além do uso tradicional em esponjas e buchas para banho, a bucha vegetal tem se consolidado como uma alternativa saudável e inovadora na alimentação, sendo cada vez mais reconhecida pela sua versatilidade e valor nutricional.

A produção de bucha vegetal, portanto, vai além da função estética e de higiene, mostrando-se uma oportunidade de diversificação no mercado agrícola, com potencial para se expandir cada vez mais na alimentação saudável e no consumo consciente.

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