Fim de La Niña: o que esperar do clima no Brasil?
Fenômeno climático chega ao fim, trazendo riscos de chuvas intensas e baixas temperaturas.

O enfraquecimento do fenômeno La Niña e a chegada de uma frente fria ao Sul do Brasil estão provocando mudanças expressivas no clima em diversas regiões do país, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão é de tempo fechado até a próxima quinta-feira (13) em toda a região Norte, com o mau tempo se espalhando para áreas do Centro-Oeste e Nordeste a partir da tarde desta segunda-feira (10).
De acordo com o Inmet, embora chuvas isoladas devam ocorrer em todo o território nacional, as condições mais preocupantes estão nas faixas que vão do norte do Rio Grande do Sul ao litoral paulista e da região do Acre ao litoral norte até Fortaleza. Nessas áreas, há risco de acumulados expressivos de chuva, ventos intensos e alta umidade do ar. Em Belém (PA), por exemplo, a umidade relativa mínima do ar deve ficar em torno de 70%.
Já no Sul do país, o típico calor de verão dá lugar a temperaturas abaixo de 20°C, impactando especialmente os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em Bagé (RS), a mínima prevista para esta segunda-feira é de 11°C, com pouca variação até a próxima quinta. No litoral da região, o clima deverá ser ameno, com céu encoberto, mas sem previsão de ventos intensos.
O fenômeno La Niña, conhecido pelo resfriamento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico Equatorial, está chegando ao fim e retornando à condição de neutralidade. A informação foi divulgada ontem (6) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Desde que começou, em dezembro de 2024, o fenômeno afetou diferentes áreas, mas, na segunda quinzena de fevereiro, sua abrangência diminuiu significativamente.
Conforme comunicado do Inmet, as temperaturas da superfície do Pacífico Equatorial ainda estão abaixo da média na primeira quinzena de março, mas a tendência é que retornem à normalidade nos próximos meses. A expectativa é de que o fim de La Niña beneficie o combate às queimadas durante a temporada de secas no continente, que começa no final de abril.
Impacto na População e Setores Estratégicos
Especialistas apontam que as mudanças climáticas decorrentes do fim de La Niña exigem atenção da população e setores como agricultura e infraestrutura. A instabilidade climática pode trazer tanto alívio quanto desafios, especialmente para regiões que enfrentam chuvas intensas ou temperaturas mais baixas.
Fique atento às atualizações meteorológicas e às orientações das autoridades para enfrentar possíveis condições extremas nos próximos dias.