O que acontece caso um passageiro morra durante um voo?

Como o espaço limitado e a segurança interferem na tomada de decisões da tripulação durante esses eventos críticos.

G1 / Redação Hoje Maringá
O que acontece caso um passageiro morra durante um voo? Foto: Banco de iamgem

Mortes a bordo de aeronaves são raras, mas podem ocorrer, especialmente em voos de longa duração. A tripulação é treinada para lidar com emergências médicas, fornecendo primeiros socorros e buscando ajuda de profissionais de saúde entre os passageiros. Em casos mais graves, o comandante entra em contato com equipes médicas em solo para orientações. Contudo, o óbito de um passageiro só pode ser declarado oficialmente por profissionais qualificados, geralmente após o pouso.

Quando um passageiro falece, a tripulação enfrenta o desafio de lidar com o corpo em um espaço limitado. Seguindo protocolos internacionais, como os da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), os comissários buscam minimizar o impacto sobre os outros viajantes e preservar a dignidade do falecido. O corpo pode ser acomodado em um assento vazio e coberto, mas em voos lotados, muitas vezes permanece no próprio assento do passageiro.

Incidentes a bordo e desafios para a tripulação

Um caso recente envolvendo a Qatar Airways destacou a complexidade dessas situações. Um casal relatou ter viajado ao lado do corpo de uma passageira que faleceu durante o voo, uma experiência descrita como traumática. Especialistas apontam que, em aeronaves menores, como as de fuselagem estreita, é ainda mais difícil encontrar alternativas devido à falta de espaço.

Apesar de serem treinados para lidar com emergências, os comissários não são médicos, e lidar com uma fatalidade pode ser emocionalmente desafiador. Muitos relatam sentir o impacto psicológico dessas experiências. Um estudo da revista New England Journal of Medicine revelou que apenas 0,3% das emergências médicas a bordo resultam em óbito, mas isso não diminui o efeito que essas situações têm na tripulação.

Impacto psicológico e suporte para a tripulação

Relatos de comissários indicam que lidar com mortes em voo deixa marcas emocionais profundas. Ally Murphy, ex-comissária de bordo, descreveu como "traumatizante" sua experiência ao realizar reanimação cardiopulmonar (RCP) em um passageiro sem sucesso. Mesmo com suporte psicológico oferecido pela empresa, como sessões de terapia e ajustes na escala de trabalho, situações como essa são difíceis de superar.

Companhias aéreas buscam melhorar continuamente os protocolos de emergência para garantir mais segurança e preparação. No entanto, para a tripulação e os passageiros que vivenciam esses episódios, lidar com uma fatalidade a bordo pode ser uma experiência extremamente desafiadora e impactante.




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