O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assumiu o cargo reforçando um compromisso que toca diretamente a vida dos brasileiros: reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso ao atendimento especializado. Em sua posse no Palácio do Planalto, Padilha destacou que não existe solução mágica para um problema agravado pela pandemia e pelo descaso de gestões anteriores, mas garantiu que essa será uma prioridade diária.

"Não podemos aceitar que um trabalhador perca sua renda porque não consegue fazer um exame em tempo hábil. Não podemos permitir que uma família passe noites angustiantes esperando uma bópsia quando sabemos que o diagnóstico precoce pode salvar vidas", afirmou.

O ministro ressaltou que sua equipe trabalhará 24 horas por dia para garantir um atendimento digno e acessível. Segundo ele, o desafio histórico da saúde pública não será tratado como uma promessa vaga, mas como um compromisso concreto do governo.

Enfrentamento ao negacionismo e fortalecimento do SUS

Padilha também enfatizou a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) como um pilar essencial da sociedade e condenou as políticas negacionistas que agravaram a pandemia.

"Negacionistas têm as mãos sujas com o sangue dos que partiram na pandemia. Este governo não permitirá que a indiferença e o desprezo pela vida coloquem em risco nossas crianças e famílias", declarou.

A nova gestão do Ministério da Saúde priorizará o fortalecimento das campanhas de vacinação, o combate a doenças tropicais como dengue e malária e a adoção de novas tecnologias para aprimorar o atendimento.

Novo modelo de financiamento para acelerar atendimentos

Outro ponto crucial da nova gestão será a reformulação do modelo de financiamento do SUS. Padilha anunciou que trabalhará para encerrar a atual tabela SUS, propondo um sistema mais eficiente de remuneração que beneficie estados, municípios e hospitais que garantirem atendimento ágil e de qualidade.

"Vamos criar uma política que valorize quem atende no tempo certo. Determinação não falta, e vamos vencer esse desafio", destacou.

Valorizacão dos profissionais da saúde e compromisso com a ciência

A qualificação e a valorização dos profissionais da saúde serão essenciais para garantir um atendimento eficiente. O ministério firmará parcerias com universidades e instituições de formação para ampliar a qualidade do ensino médico e de outras áreas da saúde.

Além disso, Padilha reafirmou o compromisso com a ciência e com organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), garantindo que o Brasil continuará na vanguarda das campanhas de vacinação e fortalecimento do SUS.

SUS como motor de inovação e desenvolvimento

O ministro destacou ainda que o SUS vai além de garantir o direito à saúde: é um vetor de desenvolvimento. Ele citou a produção da vacina 100% nacional contra a dengue pelo Instituto Butantan como um exemplo do potencial do Brasil na área da ciência e tecnologia.

"A saúde pode ser um catalisador de inovação, gerando emprego, renda e conhecimento para o país", frisou.

Desafios e continuidade do avanço da saúde pública

Padilha encerrou sua fala destacando que sua experiência como ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff e como secretário de Saúde de São Paulo o preparou para os desafios atuais.

Ele também fez questão de homenagear sua antecessora, Nísia Trindade, por sua contribuição na reconstrução de políticas essenciais, como a retomada da cobertura vacinal e a ampliação do programa Farmácia Popular.

"O Brasil agradece a Nísia e sua equipe pela dedicação à saúde pública. Agora, seguimos firmes para fortalecer ainda mais o SUS e garantir um atendimento mais rápido e humano para todos os brasileiros", concluiu.

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