Zarhará Hussein Tormos, de 25 anos, foi encontrada morta na sexta-feira, 28 de fevereiro, dentro de seu próprio carro, próximo à Rodovia das Cataratas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A jovem estava desaparecida desde o dia 26, quando foi vista pela última vez saindo da faculdade onde cursava biomedicina. O caso tem gerado grande comoção na comunidade local.

Desaparecimento e Descoberta

Zarhará foi vista pela última vez na noite de quarta-feira, 26 de fevereiro, deixando a faculdade onde estudava. A ausência da jovem foi notada pela família após ela não fazer publicações nas redes sociais, algo que fazia diariamente, e faltar às aulas. A família registrou um Boletim de Ocorrência, e a polícia iniciou as investigações.

Dois dias depois, na sexta-feira, o corpo de Zarhará foi encontrado dentro do carro, no banco traseiro, com as mãos e pés amarrados e marcas de disparos de arma de fogo. O veículo estava estacionado próximo a um ponto turístico na rodovia que dá acesso ao Parque Nacional do Iguaçu. A área foi isolada para trabalho da perícia científica.

Linhas de Investigação

A Polícia Civil investiga o caso e considera uma das linhas a possível participação do ex-namorado da vítima, contra quem Zarhará tinha uma medida protetiva desde novembro de 2024. A vítima havia denunciado perseguição e até o sequestro de seu gato, episódios relatados no Boletim de Ocorrência que deu origem à medida protetiva. Apesar disso, não houve registro de descumprimento da decisão judicial até o momento.

A polícia informou que o ex-namorado auxiliou nas buscas iniciais, enquanto o desaparecimento ainda era investigado. No entanto, detalhes sobre o teor de suas declarações não foram divulgados. Outras possíveis linhas de investigação não foram reveladas pelas autoridades.

Repercussão e Despedida

A morte de Zarhará causou comoção entre amigos e familiares, que utilizaram as redes sociais para prestar homenagens e destacar o impacto positivo que a jovem tinha nas vidas ao seu redor. O irmão da vítima, Mohamed Lesque, lamentou profundamente a perda, descrevendo-a como uma "dor insuportável".

"A pior dor do mundo é a dor de perder alguém que você ama. Hoje morreu uma parte de mim junto com você. Eu te amo para sempre", escreveu o irmão em uma postagem. O corpo de Zarhará foi sepultado no sábado, 1º de março, em Foz do Iguaçu, em um clima de grande tristeza.

Apelo à População

A Polícia Civil solicita que qualquer informação que possa ajudar nas investigações seja comunicada de forma anônima, por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo telefone (45) 99932-1176, diretamente com a equipe de investigação.

O inquérito está previsto para ser concluído até o final de março.