A produção industrial do Paraná registrou crescimento de 0,7% em janeiro de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do avanço, o desempenho do estado ficou abaixo da média nacional, que foi de 1,4%. Entre os estados mais industrializados do país, o Paraná liderou o crescimento, superando São Paulo (0,5%), Minas Gerais (-0,4%) e Rio de Janeiro (-2,6%).

Mesmo com o resultado positivo, a indústria paranaense vem apresentando sinais de desaceleração nos últimos meses. Em dezembro de 2024, o crescimento acumulado do setor industrial no estado era de 4,2%, recuando para 3,9% em janeiro de 2025. A tendência acompanha o cenário nacional, que também registrou queda, passando de 3,1% para 2,9% no mesmo período.

Setores em Destaque e Desafios da Indústria

O crescimento da indústria no Paraná foi impulsionado pelo bom desempenho de 8 das 13 atividades analisadas pelo IBGE. Os setores que mais se destacaram foram:

• Minerais não metálicos (14,9%)


• Automotivo (12%)


• Máquinas e equipamentos (9,8%)


• Móveis (7,9%)


• Produtos de metal (6,9%)


• Celulose e papel (5,5%)

Por outro lado, alguns segmentos apresentaram retração, como:

• Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-26%)


• Borracha e material plástico (-13,7%)


• Petróleo (-1,8%)


• Madeira (-0,2%)


• Bebidas (-0,7%)

A indústria paranaense também enfrenta desafios sazonais e estruturais, como a recomposição da mão de obra no início do ano, oscilações na taxa de câmbio e o custo elevado do crédito, que impacta setores como a construção civil. Empresários também apontam dificuldades na obtenção de matérias-primas e incertezas econômicas que afetam os investimentos no setor.

Perspectivas para 2025

Apesar do crescimento no início do ano, as expectativas para a indústria paranaense em 2025 são cautelosas. Segundo a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), 43% dos empresários do setor acreditam em uma possível retração econômica ao longo do ano. Entre os fatores que geram preocupação, 79% mencionam a condução da política econômica nacional, especialmente em relação à política fiscal e aos juros elevados.

O desempenho da indústria dependerá de um ambiente econômico estável, políticas de incentivo à competitividade e medidas para mitigar os impactos dos juros altos sobre os investimentos. Para manter o crescimento, o setor precisa de ações que estimulem a produtividade e garantam um cenário favorável para a expansão da atividade industrial no estado.

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