As melhores marcas de café segundo críticos
O tradicional cafezinho brasileiro, presente na rotina de milhões de pessoas, está mais caro e amargo – em vários sentidos.

O tradicional cafezinho brasileiro, presente na rotina de milhões de pessoas, está mais caro e amargo – em vários sentidos. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o café torrado e moído apresentou aumento de 50,24%, liderando a lista de alta nos preços dos alimentos.
Diante da valorização expressiva, o Paladar decidiu testar a qualidade de algumas das marcas mais populares do supermercado. A proposta era simples: identificar qual café oferece o melhor custo-benefício para o dia a dia. Para isso, foi realizada uma degustação às cegas com 11 amostras da linha tradicional das principais marcas. As versões especiais, intensas ou exportação ficaram de fora do painel.
Como foi o teste
Cinco especialistas em café participaram da avaliação, feita de forma remota, com amostras identificadas apenas por números. O preparo seguiu a mesma receita para todos: 40 gramas de pó para 600 mililitros de água, usando o filtro de papel da marca Melitta – o método mais comum nos lares brasileiros.
A análise se baseou em três critérios: aroma, corpo e sabor. Entre as qualidades buscadas, estavam acidez equilibrada, doçura natural e toque encorpado. O amargor, por outro lado, foi visto como um defeito recorrente – e, para alguns jurados, excessivo em quase todas as amostras. “O grande desafio foi achar o brilho do café em meio a tanto amargor”, comentou um dos avaliadores.
A preferência pelo amargor e os desafios da indústria
Especialistas explicam que a torra escura usada pelas grandes indústrias costuma camuflar defeitos da matéria-prima. Isso moldou o paladar de parte do público consumidor, acostumado a cafés mais intensos e amargos. No entanto, alguns rótulos conseguiram surpreender o júri, mesmo com limitações, ao trazer notas sutis de caramelo, nozes e frutas secas.
Giuliana Bastos, uma das juradas, aponta que a solução está no acesso à qualidade: “Não é justo que sejamos o maior produtor de café do mundo e a maior parte da população consuma bebidas de baixa qualidade. Que tal a gente tentar subir um degrau?”.
O ranking
A marca Três Corações ficou em primeiro lugar, com notas agradáveis de acidez, doçura e aroma de chocolate e frutas. Na sequência vieram Melitta, Fort, Café do Ponto e Caboclo. As últimas posições foram ocupadas por Pilão, Café Brasileiro e Jardim, que apresentaram excesso de amargor, notas de torra queimada e aromas considerados desagradáveis.
Apesar das críticas, os especialistas concordam que, com exceção dos piores colocados, a maioria dos cafés testados pode atender ao consumo cotidiano de forma satisfatória.
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