Mercado reduz projeção da inflação em 2025
Previsão de inflação caiu para 5,57%; Selic pode chegar a 15% neste ano

O mercado financeiro reduziu a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025, que passou de 5,65% para 5,57%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (22) pelo Banco Central (BC). A pesquisa semanal reúne estimativas de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.
Para os anos seguintes, as projeções da inflação foram mantidas: 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028. A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação, que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, entre 1,5% e 4,5%.
Em março, o IPCA foi de 0,56%, puxado principalmente pelos alimentos. Apesar da pressão, houve desaceleração em relação a fevereiro, quando o índice foi de 1,31%. No acumulado de 12 meses, a inflação chega a 5,48%.
Juros e política monetária
Para controlar a inflação, o BC utiliza a taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano. Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou os juros em mais um ponto percentual — o quinto aumento consecutivo. A expectativa do mercado é de nova alta em maio, mas em menor intensidade.
Segundo comunicado do Copom, a economia segue aquecida, mesmo com sinais de desaceleração. O BC apontou que tanto a inflação geral quanto os núcleos (que desconsideram preços voláteis, como alimentos e energia) permanecem elevados. O órgão também alertou para o risco de persistência da inflação de serviços e informou que seguirá monitorando a condução da política econômica.
A projeção do mercado é que a Selic chegue a 15% até o fim de 2025. Para os anos seguintes, a expectativa é de redução gradual: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Taxas mais altas tendem a conter a demanda ao encarecer o crédito e incentivar a poupança, o que ajuda no controle da inflação. No entanto, também podem frear a atividade econômica. Já a redução da Selic estimula o consumo e a produção, mas reduz o efeito de contenção da inflação.
PIB e dólar
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano subiu de 1,98% para 2%. Para 2026, a expectativa também aumentou, de 1,61% para 1,7%. Em 2027 e 2028, o mercado projeta expansão de 2% ao ano.
Em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, o maior avanço desde 2021, quando a economia teve alta de 4,8%.
Quanto ao câmbio, a projeção é que o dólar feche 2025 cotado a R$ 5,90. Para o fim de 2026, a estimativa é de R$ 5,96.
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