PF investiga fraude bilionária no FGTS com participação de funcionários da Caixa
Os criminosos atuavam de forma sofisticada, utilizando dados sigilosos obtidos ilegalmente na internet

A Polícia Federal investiga um esquema bilionário de fraudes em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seguro-desemprego e programas sociais. A quadrilha atuava em todo o país e já teria desviado mais de R$ 2 bilhões, segundo estimativas divulgadas neste domingo (20). Parte do sucesso das ações criminosas se deve à participação de funcionários da Caixa Econômica Federal, que facilitavam o acesso aos sistemas internos do banco.
De acordo com a investigação, os criminosos atuavam de forma sofisticada, utilizando dados sigilosos obtidos ilegalmente na internet. Com essas informações, identificavam beneficiários com saldos ativos e repassavam os dados a servidores da Caixa envolvidos no esquema. Esses funcionários alteravam os cadastros no aplicativo Caixa Tem, substituindo os e-mails das vítimas por endereços controlados pela quadrilha. Assim, conseguiam gerar novas senhas e assumir o controle das contas.
Com o acesso total, os golpistas realizavam transferências via PIX, pagamento de boletos e até saques presenciais – alguns efetuados pelos próprios servidores a mando do grupo criminoso. Para multiplicar os ganhos, a quadrilha repetia o golpe centenas de vezes por dia, com o uso de softwares que simulavam celulares e permitiam o gerenciamento simultâneo de múltiplas contas.
Em operação recente realizada pela PF em 14 cidades do Rio de Janeiro, foram apreendidos computadores, celulares e documentos. As investigações revelam que o golpe é praticado por diversas quadrilhas em várias regiões do Brasil, com atuação sistemática e organizada.
O delegado Pedro Bloomfield Gama Silva, da PF no Rio de Janeiro, reforçou a importância do fortalecimento dos setores de combate à fraude nas instituições bancárias. “Esses setores conseguem, de maneira online, identificar irregularidades que estão sendo feitas nas agências”, afirmou.
Segundo a Caixa, todos os funcionários identificados como envolvidos no esquema foram desligados. O vice-presidente de Logística, Operações e Segurança do banco, Anderson Possa, disse que novas tecnologias estão sendo implementadas para monitoramento preditivo por meio de biometria e inteligência artificial, visando reduzir os casos de fraude.
Apesar da gravidade dos crimes, os suspeitos — incluindo os funcionários da Caixa e demais integrantes das quadrilhas — estão respondendo em liberdade.
📞 Vítimas do golpe devem procurar uma agência da Caixa ou entrar em contato pelo telefone 0800 726 0101.
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