Publicidade

40 anos sem Tancredo Neves

Em 1984, o Brasil assistia à ascensão de uma figura que se tornaria símbolo da redemocratização: o mineiro Tancredo de Almeida Neves.

JP News
40 anos sem Tancredo Neves Foto: Reproduçåo / Presidência da República

Em 1984, o Brasil assistia à ascensão de uma figura que se tornaria símbolo da redemocratização: o mineiro Tancredo de Almeida Neves. Conciliador, respeitado e incansável defensor das instituições republicanas, Tancredo liderava, “a plenos pulmões”, como diziam os registros da época, a campanha pelas Diretas Já — movimento popular que exigia a retomada das eleições diretas para presidente, após duas décadas de ditadura militar.

Apesar da comoção nacional e das gigantescas manifestações por todo o país, a Emenda Dante de Oliveira, que propunha o voto direto para presidente, foi rejeitada no Congresso. Com o fracasso da emenda, Tancredo passou a articular sua candidatura para a eleição indireta. No colégio eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, derrotou Paulo Maluf, tornando-se o primeiro civil eleito para a Presidência da República após 21 anos de regime militar.

Para muitos, ele era o único capaz de conduzir a transição democrática sem rupturas. “Somente ele poderia costurar essa passagem com tamanha habilidade”, relembrou anos depois seu vice, José Sarney.

Entretanto, o destino frustrou a esperança nacional. Na véspera da posse, em 14 de março de 1985, Tancredo foi internado com fortes dores abdominais. O que seria uma apendicite evoluiu para um diagnóstico de diverticulite. O Brasil, perplexo, acompanhava diariamente os boletins médicos lidos por Antônio Brito, então secretário de imprensa da Presidência.

Na madrugada do dia 15 de março, data marcada para a posse, instalou-se uma crise institucional. Sem presidente eleito, coube a José Sarney, vice e ex-integrante da Arena (partido da ditadura), assumir interinamente, em meio ao receio de uma nova intervenção militar.

Tancredo foi transferido para o Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. Após sete cirurgias e 38 dias de internação, o Brasil recebeu, com pesar, a notícia de sua morte em 21 de abril de 1985. Era domingo. O país mergulhou em luto.

O corpo do presidente eleito, que nunca tomou posse, foi levado para Brasília, onde, simbolicamente, subiu a rampa do Palácio do Planalto. Depois, seguiu para São João del Rei, sua terra natal, onde recebeu as últimas homenagens. 
Quarenta anos depois, a memória de Tancredo Neves permanece viva como um marco da luta pela democracia. Seu legado de diálogo, institucionalidade e esperança segue inspirando o país na construção de um futuro mais justo e plural.

📲 Acompanhe o Portal Hoje Maringá nas redes sociais! 
📸 Instagram: @portalhojemaringa
💬 Canal do WhatsApp: Clique aqui
🎬 YouTube: @hojemaringa
🌍 Google News: Clique aqui 





Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.